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Notícias / Arqueologia

Objetos funerários de metal são encontrados em lago seco na Polônia

Escavações no sítio arqueológico Papowo Biskupie, na Polônia, revelaram novas evidências que podem relacionais materiais metálicos com rituais funerários; confira!

Éric Moreira Publicado em 24/01/2024, às 12h03

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Objetos metálicos encontrados na Polônia - Divulgação/Antiquity Journal
Objetos metálicos encontrados na Polônia - Divulgação/Antiquity Journal

Recentemente, arqueólogos encontraram no sítio arqueológico Papowo Biskupie —um antigo lago seco —, na Polônia, uma série de artefatos de metal que podem ser novas evidências relacionadas a rituais funerários a deposições metálicas. Ao todo, mais de 550 artefatos de bronze foram recuperados, em sepultamentos relacionados ao antigo povo Chelmno.

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As escacavações revelaram restos mortais de ao menos 33 indivíduos no leito do lago Papowo Biskupie, além da grande quantidade de artefaos de metal, sendo a maioria deles peças de joalharia usadas ao pescoço ou nos braços. Os resultados da escavação foram compartilhados na revista Antiquity.

A datação por radiocarbono sugere que a colocação de restos mortais humanos no lago ocorreu antes da deposição do metal, retratando a possibilidade de que a comunidade de Chełmno inicialmente enterrou seus mortos em lagos antes de fazer a transição para deposições votivas de metal", informam os autores do estudo na publicação.
Colar encontrado em Papowo Biskupie / Crédito: Divulgação/Antiquity Journal

Povo antigo

Segundo o Heritage Daily, o sítio de Papowo Biskupie está localizado em uma região ao norte de onde hoje é a Polônia, sendo uma das comunidades mais setentrionais da cultura lusaciana. Eles viveram na Europa Central durante o final da Idade do Bronze e início da Idade do Ferro, entre os anos 1.200 a.C. e 450 a.C.

Em contraste com outros grupos da região, o povo Chelmno deixou um número bastante limitado de tesouros arqueológicos. Isso porque poucos dos objetos e artefatos que eles utilizavam eram feitos de metal, que seria mais bem preservado com o tempo, o que sugere que eles davam pouco significado ritualístico aos metais.

"Tradicionalmente, pensa-se que o povo do grupo Chełmno não foi afetado em grande parte pelos desenvolvimentos sociais e econômicos do período Urnfield e pela subsequente cultura de Hallstatt. Em contraste com o acúmulo generalizado de metal visto nas regiões mais ao sul da Lusácia, o metal não parece ter tido um lugar de destaque nas atividades sociais e rituais da comunidade de Chełmno", afirmam os arqueólogos envolvidos no estudo.

Porém, com a recente descoberta do grande número de artefatos de metal em sepulturas, o que se pensava sobre a pouca valorização desses materiais pelos Chelmnos cai por terra. Possivelmente, conclui o estudo, de fato os Chelmnos eram divergentes de outros grupos daquela região em suas práticas ritualísticas mas, com o tempo, seu sistema de crenças teria se alinhado, e eles passariam a valorizar os metais posteriormente.