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Notícias / Arte

Obra renascentista encontrada em ponto de ônibus de Londres após roubo vai a leilão

'Descanso na Fuga para o Egito', de Ticiano, foi reencontrada em um ponto de ônibus em Londres após ter sido roubada em 1995

'Descanso na Fuga para o Egito', de Ticiano - Divulgação/Christie's
'Descanso na Fuga para o Egito', de Ticiano - Divulgação/Christie's

Considerado um dos movimentos artísticos mais relevantes da história, o Renascimento foi palco para o surgimento de várias obras extremamente famosas, como 'A Última Ceia', 'O Nascimento de Vênus', 'Mona Lisa' e 'Descanso na Fuga para o Egito', de Ticiano. Esta última, no caso, será leiloada em Londres, na Inglaterra, pela Christie's em julho.

Essa obra, por sua vez, não desperta curiosidade apenas por sua inegável técnica de produção, sendo uma pintura realmente bela. Isso porque ela intriga também com sua história: ela já foi roubada duas vezes, sendo a última em meados da década de 1990.

Segundo o The Guardian, a obra foi criada por Ticiano em 1508, quando ele tinha apenas 20 anos, em um painel de madeira. Nela, são retratados a Virgem Maria segurando um bebê Jesus, acompanhada por José, que os observa.

Na primeira vez que foi documentada, ela era parte da coleção de um antigo comerciante de especiarias de Veneza, do início do século 17. Desde então, ela passou por vários aristocratas, imperadores e arquiduques da Europa, tendo sido roubada duas vezes ao longo de sua existência.

Em 1878, ela foi comprada pelo 4º Marquês de Bath, curiosamente também em um leilão da Christie's, que fará o novo leilão em 2 de julho. Seu preço estimado para venda está entre 15 milhões e 25 milhões de libras esterlinas (entre cerca de 103 milhões e 172 milhões de reais).

Roubos

Sobre os roubos pelos quais a pintura passou, o primeiro deles ocorreu há mais de dois séculos, em 1809. Na ocasião, ela foi saqueada do Palácio Belvedere, em Viena, pelas tropas de Napoleão Bonaparte.

Posteriormente, em 1995, ela foi levada da sala de estar da mansão Longleat — propriedade dos marqueses de Bath, em Wiltshire —, permanecendo desaparecida por algum tempo. Foi somente após sete anos buscando-a que investigadores a encontraram em uma sacola plástica em um ponto de ônibus em Londres, segundo artigo da Christie's.

Vale mencionar inclusive que o responsável por encontrá-la foi o ex-chefe da unidade de arte e antiguidades da Scotland Yard, Charles Hill. Ele também era conhecido por encontrar 'O Grito', de Edvard Munch, que foi roubado do Museu Nacional de Oslo em 1994.