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Notícias / Austrália

Olho de Natal: A doença que deixa olho esverdeado e preocupa australianos

Doença está em alta no sudeste australiano, sendo dito que o olho 'dói como parto'

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 09/02/2023, às 09h32 - Atualizado em 10/02/2023, às 10h53

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Fotografia que é possível observar olho esverdeado de pessoa atingida com doença na Austrália - Reprodução/Vídeo/Instagram
Fotografia que é possível observar olho esverdeado de pessoa atingida com doença na Austrália - Reprodução/Vídeo/Instagram

Uma doença consideravelmente incômoda preocupa os australianos que vivem na região rural do sudeste do país, após mais de 30 casos registrados. Apelidada de "olho de Natal", ela é provocada por toxinas de uma pequena espécie de besouro, causando uma secreção de cores fortes, geralmente esverdeadas, e dores extremas, que especialistas dizem se comparar às de um parto.

O animal que provoca a doença é o besouro orthoporus, que possui somente meio milímetro e dificilmente pode ser visto a olho nu. Quando o inseto é esmagado, ele libera uma toxina que, caso entre em contato com o olho de uma pessoa, leva a superfície ocular a "se encher de bolhas" e até cair.

É justamente ela que causa o aspecto esverdeado no órgão, conta o optometrista Rob Holloway, segundo informações do UOL.

Desde o fim de dezembro, aproximadamente 30 casos da doença foram registrados em torno de Albury-Wodonga, região mais comum de se encontrar besouros orthoporus.

Holloway ainda explica que a alta nos últimos meses se deve ao verão australiano, sendo a época mais comum de se ocorrerem incidentes com o inseto — além disso, no verão é se comemora o Natal por lá, daí o apelido dado à doença.

Tratamento

Por fim, o optometrista explica que o diagnóstico da doença é simples de ser dado, na maior parte das vezes, pois possuem sempre sintomas semelhantes: dor extrema e visão turva.

Ouvimos pessoas comparando a dor com a de um parto", conta.

Porém, mesmo que a condição pareça assustadora e completamente catastrófica, ela só é incômoda. Geralmente é tratada com colírios, anti-inflamatórios e antibióticos, de forma que a pessoa não permaneça com nenhuma sequela.

"Hoje em dia, usamos uma lente de contato de bandagem sobre a área afetada, que impede que o ar chegue ao tecido danificado", acrescenta Rob Holloway sobre os detalhes do tratamento.

Apesar de tudo, como o inseto causador da doença não é muito conhecido e também é extremamente pequeno, se dificulta impedir que novos casos surjam. A principal maneira de prevenção é com o uso de óculos de proteção quando se estiver ao ar livre, nas regiões em que o besouro é encontrado.