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Notícias / Paleontologia

Paleontólogos revelam engano envolvendo “cobra com quatro patas”

Estudo anterior, de 2015, afirmava ter encontrado um ancestral em comum das serpentes e dos lagartos

Redação Publicado em 20/11/2021, às 14h21

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Representação de um Tetrapodophis amplectus - Divulgação / Julius Csotonyi
Representação de um Tetrapodophis amplectus - Divulgação / Julius Csotonyi

Um estudo científico publicado na revista Science em 2015 afirmou ter encontrado um ancestral em comum das serpentes e dos lagartos, a chamada “cobra com quatro patas”. Porém uma nova pesquisa, liderada pelo paleontólogo da Universidade de Alberta, Michael Caldwell, mostrou que a conclusão anterior estaria equivocada.

“Há muito se entende que as cobras são membros de uma linhagem de vertebrados de quatro patas que, como resultado de especializações evolutivas, perderam seus membros”, disse Caldwell em estudo publicado no Journal of Systematic Palaeontology.

Segundo informações do site SoCientífica, a partir de novas análises do fóssil de Tetrapodophis amplectus, como foi chamado o animal, o especialistas compreenderam que ele "não é de fato uma serpente e foi mal classificado”.

O fóssil estudado / Crédito: Divulgação / Michael Caldwell

“Ao contrário, todos os aspectos de sua anatomia são consistentes com a anatomia observada em um grupo de lagartos marinhos extintos do período Cretáceo conhecidos como dolichosauros”, disse o líder do estudo. Mas Caldwell, parece ter a resposta para o que teria gerado a confusão.

Quando a rocha contendo o espécime foi dividida e descoberta, o esqueleto e o crânio acabaram em lados opostos da laje, com um molde natural preservando a forma de cada um no lado oposto”, disse o paleontólogo.

“O estudo original descreveu apenas o crânio e ignorou o molde natural, que preservou várias características que deixam claro que Tetrapodophis não tinha o crânio de uma cobra — nem mesmo de uma primitiva”.