Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Protestos no Irã

Parlamentar europeia corta o cabelo em apoio aos protestos no Irã

Durante discurso na assembleia da União Europeia, deputada sueca declara apoio aos protestos no Irã

Redação Publicado em 07/10/2022, às 15h17

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Momento em que Abir al-Sahlani corta o seu cabelo em assembleia em apoio às manifestações de mulheres no Irã. - Reprodução/Vídeo/Instagram: Guardian
Momento em que Abir al-Sahlani corta o seu cabelo em assembleia em apoio às manifestações de mulheres no Irã. - Reprodução/Vídeo/Instagram: Guardian

No decorrer de um discurso na assembleia da União Europeia em apoio às manifestações de mulheres no Irã, a deputada sueca do Parlamento Europeu, Abir al-Sahlani, 46, cortou o seu cabelo como forma de solidariedade às mulheres iranianas.

Conforme divulgado no Estadão, às manifestações chegaram a sua terceira semana. A deputada sueca, de origem iraquiana, pediu na assembleia com que o bloco europeu tenha providencias mais rígidas contra o Irã, em virtude do país repreender as pessoas que participam do protesto que serve como homenagem a Mahsa Amini, 22 anos, que morreu sob custódia da polícia, após ser presa por não usar corretamente o véu islâmico.

Abir al-Sahlani não foi a única que cortou o próprio cabelo. O belo ato de solidariedade destinado às mulheres no Irã, foi repetido por várias celebridades. O lema “Jin, Jiyan, Azadi”, que significa mulher, vida e liberdade, vem sendo pronunciado pelas apoiadoras da causa.

Discurso da Abir al-Sahlani

A parlamentar declarou que vai dar todo o apoio até que "as mulheres do Irã estejam livres". Além disso, ela também exaltou a coragem de todas as manifestantes, durante essas três semanas de protesto.

Já são 3 semanas de coragem contínua demonstradas pelas mulheres do Irã. Mulheres persas, hazaras e curdas estão pagando o preço máximo pela liberdade: suas vidas. Uma coragem não vista em você, senhor Borell, quando não aproveitou a coragem na Assembleia-Geral da ONU para se posicionar ao lado das mulheres do Irã”, afirmou.

Al-Sahlani finalizou falando que: “Chega de comunicados à imprensa, chega de murmúrios, é hora de se posicionar, é hora de agir. As mãos do regime dos mulás do Irã estão cheias de sangue. Ninguém, nem a história, nem Alá, vão perdoá-los pelos crimes contra a humanidade que estão cometendo contra seus próprios cidadãos. Nós, o povo e cidadãos da UE exigimos o fim incondicional e imediato de toda violência contra as mulheres e homens do Irã.”

A iraquiana aproveitou o momento e criticou Josep Borrel, alto-representante do bloco para Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, por não opinar em relação ao severo regime-iraquiano.

Após o Canadá e os Estados Unidos divulgarem punições contra o Irã, Borrell, informou que o bloco europeu analisa realizar medidas similares, devido as fortes repressões aos protestos.

Manifestações

Os protestos em virtude da morte de Mahsa Amini, já está em sua terceira semana e se espalhou para mais de 80 cidades. Devido aos protestos, o regime do Irã vem tomando atitudes pesadas em relação aos artistas, ativistas e os estudantes universitários e do ensino médio, que estão envolvidos nele.

Vários vídeos de meninas tirando seus hijab foram divulgados nos últimos dias. Segundo a ONG 'Iran Human Rights' (IHR), os conflitos entre os apoiadores da causa contra o governo iraniano, já causou mais de 90 mortes desde 16 de setembro.

Entretanto, as autoridades do país informaram um balanço de 60 mortos, entre eles, 12 eram agentes de segurança.