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Notícias / Arqueologia

Arte rupestre mostra presépio criado 3.000 anos antes do nascimento de Jesus

A pintura rupestre de 5 mil anos, que se assemelha à descrição bíblica do nascimento de Jesus, é considerada a pintura de Natal mais antiga do mundo

Redação Publicado em 21/12/2023, às 15h32

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Imagem da pintura rupestre descoberta no Egito - Reprodução/Vídeo/YouTube/Real Thing TV
Imagem da pintura rupestre descoberta no Egito - Reprodução/Vídeo/YouTube/Real Thing TV

Um recém-nascido entre seus pais, uma estrela no leste e dois animais. Este parece ser o relato bíblico do nascimento de Jesus, mas é, na verdade, a descrição de uma arte rupestre de 5.000 anos encontrada no deserto do Saara, no Egito. A pintura pré-histórica, que antecede o acontecimento bíblico em cerca de 3.000 anos, é tida como o presépio mais antigo já encontrado. 

Durante expedições na região do planalto Gilf al-Kebir e do Vale do Nilo, um grupo de pesquisadores italianos se deparou com a pintura no interior de uma cavidade no Saara Egípcio, que posteriormente foi batizada de “Caverna dos Pais”, conforme repercutiu o site Arkeonews. 

Segundo o portal Seeker.com, a representação de um recém-nascido entre os pais, acompanhados de dois animais e uma estrela no leste, data de algum momento entre o Neolítico e a Idade da Pedra.

“É uma cena muito evocativa que realmente lembra o presépio de Natal. Mas é anterior em cerca de 3.000 anos”, explicou o geólogo Marco Morelli, diretor do Museu de Ciências Planetárias de Prato, Itália, ao portal. O site também apontou que Morelli e sua equipe de especialistas encontraram a arte rupestre em 2005, mas a descoberta foi divulgada somente em 2016, sob o título “Caverna dos Pais”.

A descoberta

A pintura possui uma série de características interessantes: a primeira é um leão sem cabeça, possivelmente associado ao título de Jesus como o Leão de Judá. Essa representação de leões sem cabeça remonta a figuras míticas do Neolítico ou da Nova Idade da Pedra nessa região.

Além disso, a arte retrata um babuíno ou macaco, uma estrela posicionada a leste e um bebê ligeiramente erguido em direção ao céu, uma postura simbólica que pode representar nascimento ou gravidez.

A descoberta tem várias implicações, por levantar novas questões sobre a iconografia de um dos símbolos cristãos mais poderosos. Não encontramos cenas semelhantes até o início da era cristã.”, acrescentou o geólogo. 

O presépio de Natal, encontrado em qualquer igreja ou casa cristã no mês de dezembro, se baseia no relato do nascimento de Jesus conforme descrito nos Evangelhos de Mateus e Lucas. De acordo com Mateus, três reis magos seguiram uma estrela recém-aparecida, guiando-os até Belém, onde encontraram o local de nascimento de Jesus.

Já o segundo capítulo do Evangelho de Lucas oferece detalhes sobre o nascimento de Jesus, descrevendo como seus pais foram impedidos de encontrar espaço nas estalagens lotadas de Belém e acabaram se refugiando em um celeiro ou caverna, onde, segundo a Bíblia, Maria deu à luz a Jesus.

Além disso, é importante ressaltar que o dia e o mês exatos do nascimento de Jesus são desconhecidos e a data de 25 de dezembro foi escolhida no século 4 pela Igreja Cristã Ocidental. Muitos estudiosos da religião comparada defendem que a data escolhida para o Natal coincide com festivais religiosos não abraâmicos que ocorriam durante o solstício de inverno, como o nascimento do antigo deus egípcio Hórus.