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Notícias / Brasil

Polarização política faz com que Uerj adie revogação de homenagem a general da ditadura

Atual cenário levou instituição a cancelar revogação de título concedido a Emílio Garrastazu Médici

Redação Publicado em 25/08/2022, às 12h32

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Emílio Garrastazu Médici - Wikimedia Commons / Domínio público / Presidência da República
Emílio Garrastazu Médici - Wikimedia Commons / Domínio público / Presidência da República

A proximidade das eleições e o atual cenário de polarização política do Brasil fizeram com que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) optasse por não revogar o título de doutor honoris causa de Emílio Garrastazu Médici, terceiro presidente do Brasil durante a ditadura militar. O título foi concedido ao general em 1974.

A CNN Brasil teve acesso a documentos que revelam que uma proposta para revogação do título foi apresentada ao Conselho Universitário da instituição em agosto do ano passado.

No pedido de revogação, dois conselheiros enfatizaram que Médici esteve à frente do país no momento marcado pelo maior número de mortes e desaparecimentos em todo o regime militar.

A anulação do título configura reparação moral a toda a comunidade acadêmica da Uerj, pelas torturas, mortes e desaparecimentos ocorridos durante esse período, como foi o caso do estudante de Medicina Luiz Paulo da Cruz Nunes, fuzilado na frente do Hospital Universitário Pedro Ernesto, por agentes da repressão da ditadura militar, no dia 22 de outubro de 1968”, diz o texto.

O pedido, no entanto, acabou sendo rejeitado em junho deste ano “diante da extrema polarização política em que se encontra o país e da corrida eleitoral que se aproxima”, conforme trecho divulgado pela fonte.

Doutor honoris causa

De acordo com o portal de notícias, a Uerj explica que o título de doutor honoris causa é concedido a “personalidade eminente, nacional ou estrangeira, que tenha se destacado singularmente por sua contribuição à causa da cultura ou da humanidade”.

A homenagem a Médici foi concedida pela então Universidade da Guanabara, no dia 25 de janeiro de 1974. Antes disso, em 1972, ele recebeu o mesmo título pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição que revogou a homenagem no ano de 2015.