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Notícias / Escravizados do arroz

Polícia Federal resgata 56 'escravizados do arroz', incluindo adolescentes

Pessoas foram encontradas em situação de trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 11/03/2023, às 14h02

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Policial federal e uma das vítimas de trabalho escravo - Divulgação / Polícia Federal
Policial federal e uma das vítimas de trabalho escravo - Divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal resgatou na última sexta-feira, 10, em Uruguaiana (RS), pelo menos 56 pessoas que estavam em condições de trabalho análogo à escravidão. As suspeitas surgiram após testemunhas avistarem jovens trabalhando sem registro em carteira em duas fazendas de arroz locais.

De acordo com a PF, todos os trabalhadores resgatados são da região, distribuídos entre Itaqui, São Borja, Alegrete e Uruguaiana, sendo que 10 deles são adolescentes. O empregador responsável foi preso em flagrante. 

Conforme informou o portal de notícias UOL, as vítimas receberão imediatamente três parcelas do seguro-desemprego, e o empregador deverá assinar suas carteiras de trabalho e pagar as verbas de rescisão. Este é o maior resgate já realizado na cidade gaúcha.

Ausência de equipamentos

Os trabalhadores resgatados não apenas enfrentavam jornadas exaustivas, como também não contavam com equipamentos de proteção para cortar o arroz e tinham de aplicar agrotóxicos com as próprias mãos. Além disso, eram responsáveis por providenciar sua própria comida e ferramentas de trabalho. Em caso de doença, corriam o risco de ter seus pagamentos suspensos.

As pessoas enfrentavam ainda a dificuldade de caminhar por 50 minutos sob o sol para chegar ao local de trabalho. Esse trajeto fazia com que a comida que levavam estragasse com frequência, deixando-os muitas vezes sem se alimentar.

Segundo o portal de notícias, o Ministério Público do Trabalho, que participou da operação, se comprometeu a buscar indenizações por danos morais e coletivos em nome dos trabalhadores afetados.