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Notícias / Rainha Elizabeth II

Por que a rainha Elizabeth II concedeu seu perdão real ao pai da computação?

Alan Turing foi perdoado pela rainha Elizabeth II anos depois

Redação Publicado em 09/09/2022, às 14h56

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Montagem mostrando Elizabeth II e Alan Turing - Getty Images e Domínio Público
Montagem mostrando Elizabeth II e Alan Turing - Getty Images e Domínio Público

A rainha Elizabeth II concedeu seu perdão real para apenas três pessoas ao longo de seus 70 anos de reinado.

A curta lista inclui dois prisioneiros do País de Gales que salvaram um funcionário sendo atacado por um javali, e então tiveram sua boa ação recompensada com uma redução de sentença, e Alan Turing, o inventor do primeiro computador. 

Turing foi inegavelmente uma figura de grande importância histórica, tendo atuado na Segunda Guerra Mundial. Os dispositivos criados por ele foram os predecessores da área da computação, ajudando os Aliados (Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética) a decodificarem as mensagens criptografadas que os nazistas usavam para se comunicar. 

Outro detalhe sobre a vida do gênio, todavia, é que ele era gay em um período em que a homossexualidade era considerada um crime na Inglaterra. Assim, quando foi flagrado por um policial com seu namorado, o matemático foi obrigado a se submeter a um "tratamento hormonal" com estrogênio, ou, em outras palavras, uma castração química

A punição, oferecida como uma pena alternativa à prisão, acabou deixando o pai da computação depressivo, e eventualmente levando ao seu suicídio. Em 1954, quando tinha apenas 41 anos da vida, Alan Turing, que havia dado enormes contribuições ao seu país e ao mundo, morreu após comer uma maçã envenenada com cianeto. 

Reparação simbólica  

Foi apenas em 2013, quase 60 anos mais tarde, que a rainha Elizabeth II, realizou o perdão póstumo do matemático pelo "crime" da homossexualidade. 

Turing merece ser lembrado e reconhecido pela sua fantástica contribuição aos esforços de guerra e por seu legado à ciência. Um perdão da Rainha é um tributo apropriado a esse homem excepcional”, afirmouChris Grayling, ministro da Justiça que solicitou o perdão, em um comunicado divulgado pelo g1 naquele ano.