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Notícias / Descoberta

Presilha de cinto raro do século 14 é encontrada na Polônia

O painel frontal da alça do cinto possui uma figura antropomórfica com cortes diagonais e horizontais visíveis no tronco

Isabelly de Lima Publicado em 19/03/2024, às 11h05

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Presilha de cinto encontrada na Polônia - Reprodução / Museu de História da Terra de Kamień
Presilha de cinto encontrada na Polônia - Reprodução / Museu de História da Terra de Kamień

Um cinto medieval excepcionalmente raro foi recentemente encontrado nas proximidades de Kamień Pomorski, na região da Pomerânia Ocidental, na Polônia. De acordo com informações divulgadas pelo Museu de História da Terra Kamieńska, esta descoberta representa uma das 15 presilhas de cinto semelhantes já registradas na Europa.

A alça do cinto foi encontrada por um detectorista local, medindo 56 mm de altura. Seu painel frontal exibe uma figura antropomórfica com cortes diagonais e horizontais visíveis no tronco.

"Apenas 15 presilhas de cinto semelhantes foram descobertas na Europa — 1 na Hungria, 1 na Áustria e 12 na Alemanha — a maioria delas foi descoberta na Baviera", afirmou o arqueólogo Grzegorz Kurka para o Nauka W Polsce. Ele acrescentou que um buraco abaixo da figura provavelmente servia para pendurar chaves ou uma bolsa.

Essas presilhas antropomórficas eram comumente produzidas por artesãos bávaros, particularmente em Nuremberg, durante o século 14, quando a cidade se destacava como um centro de fundição de bronze, de acordo com o Heritage Daily.

Procedimento trabalhoso

A fundição, processo pelo qual metal líquido é despejado em um molde para adquirir a forma desejada, era a técnica utilizada. Posteriormente, a peça solidificada, também conhecida como peça fundida, era removida do molde para concluir o processo.

A coleção da nossa instituição já inclui duas alças de cinto medievais tardias que foram descobertas em 2017 e 2018. A primeira, descoberta perto de Trzebiatów, e a segunda descoberta num campo perto de Skarychów (comuna de Kamień Pomorski)", acrescentou Kurka.

A presilha do cinto foi doada ao Museu de História da Terra Kamieńska, que considerou a descoberta como "extraordinária".