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Notícias / Córnea artificial

Primeira córnea artificial 100% brasileira é desenvolvida por pesquisadores

Mais moderna do que as anteriores, a ceratoprótese foi desenvolvida por pesquisadores da Unifesp

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 15/09/2023, às 10h37

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Primeira ceratoprótese 100% brasileira - Divulgação / Magalhães et al
Primeira ceratoprótese 100% brasileira - Divulgação / Magalhães et al

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram a primeira córnea artificial brasileira com o objetivo de melhorar o acesso ao tratamento, reduzir a taxa de rejeição em transplantes de córnea e diminuir a dependência de materiais importados.

Embora ainda não tenha obtido a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), essa inovação promete ser um avanço significativo na qualidade de vida das pessoas. No Brasil, foram realizadas mais de 13,98 mil cirurgias de reposição de córnea somente em 2022.

No entanto, os transplantes de córnea frequentemente enfrentam uma alta taxa de rejeição, cerca de 15%, e as chances de sucesso diminuem a cada procedimento realizado. Para casos complexos, a ceratoprótese é normalmente recomendada, podendo ser adaptada à córnea do próprio paciente.

Mais moderna

Segundo informações da revista Galileu, a córnea artificial brasileira é mais moderna, feita de material biocompatível, polímero de acrílico (PMMA) e titânio 3D impresso. Ela se destaca pelo custo reduzido e pela fácil adaptação à córnea danificada, eliminando a necessidade de doadores.

A fonte destaca que essas próteses são capazes de se integrar ao tecido do paciente, reduzindo as chances de reações adversas do sistema imunológico. Portanto, são indicadas para pessoas com histórico de múltiplas rejeições ao transplante ou para casos de alto risco de rejeição.

Os pesquisadores enfatizam que a córnea artificial não substitui o transplante de córnea, mas serve como um complemento, sendo destinada a casos em que o transplante tradicional tem baixas chances de sucesso. A disponibilidade dessa solução ainda depende de apoio das agências de fomento devido ao tamanho de mercado limitado e à menor capacidade financeira das vítimas desse tipo de trauma ocular.