Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Fukushima

Primeiras imagens do interior do reator nuclear de Fukushima são reveladas

Em 2011, após a cidade de Fukushima, no Japão, ser atingida por um terremoto e tsunami, três reatores nucleares derreteram; veja imagens de drone!

Éric Moreira Publicado em 20/03/2024, às 08h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem do interior do reator 1 da usina nuclear de Fukushima, e do drone responsável pelas fotos - Reprodução/TEPCO
Imagem do interior do reator 1 da usina nuclear de Fukushima, e do drone responsável pelas fotos - Reprodução/TEPCO

Em 2011, a cidade de Fukushima, no Japão, foi palco de uma sequência de catástrofes extremamente graves. Primeiro, foi atingida por um terremoto, que foi logo seguido por um tsunami; após isso, três reatores da usina nuclear da região foram gravemente danificados, o que acarretou um grave desastre nuclear. Só recentemente foi possível observar imagens do interior do local.

Conforme repercutido pelo UOL, uma investigação de dois dias utilizando pequenos drones comandada pela TEPCO (Tokyo Electric Power Company Holdings), a maior empresa de energia do país, foi responsável pela captação de imagens inéditas do interior do reator 1 da usina nuclear de Fukushima.

+ Radioatividade é detectada em nariz de funcionário da usina de Fukushima

Imagem do interior do reator nuclear 1 de Fukushima, no Japão / Crédito: Reprodução/TEPCO

Ao todo, estima-se que cerca de 880 toneladas de combustível nuclear derretido, ainda altamente radioativo, permanece dentro dos três reatores. As investigações recentes da TEPCO, por sua vez, pretendem descobrir mais sobre a localização e condição deste combustível, para que seja facilitada sua remoção e a eventual desativação da usina.

Nas imagens, é possível observar vários objetos marrons com formas e tamanhos variados pendurados em vários locais do pedestal. Vale mencionar que partes do mecanismo de acionamento da haste de controle, que controlaria a reação nuclear, além de outros equipamentos, já estavam desligados.

+ China bane frutos do mar do Japão após anúncio sobre águas de Fukushima

Imagem do interior do reator nuclear 1 de Fukushima, no Japão / Crédito: Reprodução/TEPCO

Embora estas imagens sejam de extrema importância para um melhor controle e segurança da região, os funcionários da TEPCO afirmam que ainda não conseguem dizer se os pedaços pendurados expostos era combustível ou equipamento derretido, sem que antes meçam os níveis de radiação. Os drones, no caso, não carregavam aparelhos que realizassem tal medição, pois precisavam ser leves e manobráveis.

Imagem do interior do reator nuclear 1 de Fukushima, no Japão / Crédito: Reprodução/TEPCO

As autoridades também destacam que as câmeras dos drones não conseguiram focar no fundo do núcleo do reator devido à escuridão do local. Ainda assim, com as imagens obtidas até o momento, futuras investigações dos detritos podem ser facilitadas, além de isso colaborar com o desenvolvimento de tecnologias e robôs que possam realizar sua remoção.

Imagem do interior do reator nuclear 1 de Fukushima, no Japão / Crédito: Reprodução/TEPCO

Acidente nuclear de Fukushima

Em 2011, um tsunami com cerca de 10 metros de altura foi responsável pela morte de quase 19 mil pessoas no Japão. Porém, esse não seria o único desastre que acometeria a cidade de Fukushima: sua usina nuclear foi atingida, o que levou a um grave acidente nuclear na região.

Hoje, mais de uma década após o desastre, a limpeza das águas dos reatores de vestígios nucleares ainda é uma luta constante de autoridades locais. Estima-se que apenas 10% dos resíduos de combustível tenham sido localizados até agora, e que pequenas quantidades de resíduos radioativos ainda vazem para o Oceano Pacífico.