A professora Samara de Araújo Oliveira, de 23 anos, foi presa na última semana após erro considerá-la culpada por crime que ocorreu em 2010
Redação Publicado em 01/12/2023, às 09h12
Em setembro de 2010, um funcionário de um mercadinho na cidade de São Francisco, no interior da Paraíba, sofreu um crime de extorsão e se viu obrigado a fazer uma série de transferências bancárias de alto valor, ao passo que era ameaçado de morte.
E na última semana, 13 anos depois, uma professora do Rio foi presa, acusada de envolvimento na extorsão — porém havia um problema: a prisão era injusta, pois ela teria apenas 10 anos quando ocorreu esse evento.
Samara de Araújo Oliveira, de 23 anos, é professora de matemática em uma escola de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio. Sua prisão, por sua vez, ocorreu dentro da escola onde lecionava, na quinta-feira, 23, e já se encontra há sete dias detida no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na Zona Norte.
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De acordo com O Globo, quando o crime aconteceu, em 29 de setembro de 2010, um funcionário do mercadinho da Paraíba recebeu uma ligação de um número desconhecido que o ameaçou de morte, e afirmava que duas pessoas de moto o vigiavam. Assustada, a vítima realizou as transferências bancárias solicitadas pelo golpista, e as contas que receberam o dinheiro foram então relacionadas a nomes.
Com a quebra dos sigilos bancários em meio às investigações, a Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba identificaram que todos os donos das contas eram do Rio de Janeiro. Duas acusadas, Cirlene de Souza e Josina Padilha, foram localizadas e deram suas versões da história — uma confirmou ser dona da conta, mas disse que desconhecia o valor depositado; a outra apenas negou que tivesse a conta bancária.
No entanto, ainda faltavam dois acusados: Ricardo Campos dos Santos e Samara, que ainda não haviam sido localizados. E foi com as investigações que, em 20 de janeiro deste ano, a jovem Samara de Araújo Oliveira teve sua prisão decretada.
Foi somente na quarta-feira, 29, que a família de Samara conseguiu provar o equívoco ao juízo da Paraíba. "Verifico que merece prosperar a argumentação quanto à ocorrência de equívoco na exordial acusatória, na qual consta apenas a identificação por CPF, sem qualquer menção à data de nascimento da acusada", reconheceu o juiz Rosio Lima de Melo.
Após saber do que acontecia, Secretaria de Administração Penitenciária do Rio retirou Samara da cela em que estava presa — que dividia com outras 13 detentas —, e passou o dia de ontem aguardando seu alvará de soltura, que deve chegar somente nesta sexta-feira, 01.
