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Notícias / Império Romano

Da derrota de Cleópatra à fundação do Império Romano: Quem foi Augusto

Antes de ser imperador Augusto, ele era conhecido como Otaviano e venceu Cleópatra e Marco Antônio na definitiva Batalha de Áccio

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 11/05/2023, às 11h06 - Atualizado em 25/05/2023, às 15h55

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Estátua do imperador Augusto, o primeiro César de Roma - Domínio Público/Wikimedia Commons/Museu Chiaramonti
Estátua do imperador Augusto, o primeiro César de Roma - Domínio Público/Wikimedia Commons/Museu Chiaramonti

A série documental "Rainha Cleópatra", foi lançada na plataforma de streaming Netflix, mas foi motivo de muito debate na internet mesmo antes do lançamento. Os últimos anos da vida da rainha do Egito foram marcados por brigas e guerras contra um grande inimigo: Otaviano, também conhecido como o primeiro imperador de Roma,Augusto. Mas quem foi ele?

Caio Otávio, nascido no ano 63 a.C., tinha como tio-avô um homem importante na história da Roma Antiga: o ditador Júlio César. Quando foi assassinado no ano 44 a.C., César deixou em seu testamento instruções para que seu sobrinho-neto, conhecido como Otaviano, fosse nomeado seu filho adotivo e herdeiro político.

Aos 19 anos, Otaviano se tornou um dos principais nomes na política romana, mas sua trajetória não seria fácil. Ele realizou diversas alianças estratégicas para conseguir derrotar os assassinos de seu tio-avô, o que acabou dando certo. Ele formou, com os generais Marco Antônio Lépido, o Segundo Triunvirato, que foi uma divisão da República Romana entre os três, que atuavam como ditadores militares.

Guerra civil

A aliança política entre os três generais duraria de 43 a.C. até 33 a.C. Enquanto Lépido foi exilado e enfraquecido politicamente, como mostra o site Info Escola, Otaviano enxergava Marco Antônio como seu principal rival. Chama atenção o casamento de sua irmã, Otávia, com o oponente, que se separaria dela no ano 36 a.C. para casar com a rainha do Egito, Cleópatra.

A quebra de aliança e a descoberta de planos de Marco Antônio para deixar Cleópatra e seu filho, Cesarião, como herdeiros políticos do grande general foi a gota d'água para Otaviano. O Segundo Triunvirato acabou, e começou uma guerra civil entre os dois rivais que culminaria com a invasão romana ao Egito. 

O fim desse violento conflito foi a Batalha de Áccio, que tomou terra e mar da região do Ácio, na Grécia. No meio da batalha, a rainha Cleópatra decidiu fugir, e Marco Antônio correu atrás, deixando seus soldados no campo de batalha até que Agripa, general de Otaviano, houvesse afundado toda a frota do casal.

Suicídio

A Batalha de Áccio foi decisiva para que Otaviano assumisse a posição de vencedor na guerra civil e invadisse o Egito, acabando com três milênios de domínio dos faraós.

Com a invasão de Alexandria se tornando cada dia uma realidade mais próxima, Cleópatra e Marco Antônio se suicidaram um ano depois da Batalha de Ácio, optando por morrer pelas próprias mãos do que por Otaviano. Essa guerra civil marcou o fim da República romana, e aqui Caio Otávio deixaria de ser um ditador militar e ampliaria seus poderes, fundando o Império Romano.

'A morte de Cleópatra', pintura de Juan Luna (1881) retratando o suicídio da rainha egípcia e de seu amante, Marco Antônio - Wikimedia Commons/Juan Luna

Império Romano

Após conquistar o Egito e voltar para Roma, Otaviano virou herói. Ele aproveitou a oportunidade de ter apoio generalizado, manteve uma fachada de república e ampliou seus poderes, sendo o primeiro homem na história de Roma a ter poder de comandante sobre todas as Forças Armadas. Como explica a revista National Geographic, ele apelava ao povo dizendo atuar em prol da República romana e que tinha uma vida modesta.

No ano 27 a.C., Otaviano virou o imperador Augusto, primeiro imperador de Roma, fundando e reformulando todo o Império, expandindo estradas, instalando impostos e conquistando novos territórios, como o Egito de Cleópatra, partes da Espanha e áreas do Oriente Médio, como a Judeia, que virou oficialmente uma província romana no ano 6 d.C.

Busto do imperador Augusto usando a coroa cívica, símbolo honroso na Roma Antiga - Museu Glyptothek/Wikimedia Commons

Pax Romana

O início do Império Romano, com Augusto no comando, iniciou um período conhecido como "Pax Romana", uma era de ouro do Império que durou 200 anos e foi marcada por uma relativa paz, com a sociedade romana livre de grandes conflitos por dois séculos.

Depois de 41 anos como soberano de Roma, o maior tempo de mandato que alguém já teve na civilização romana, Augusto morreu com 75 anos, em 14 d.C., na região de Nápoles. Seu corpo foi retornado para Roma, e ele foi sucedido por Tibério, seu filho adotivo, que comandou Roma na época que Jesus foi crucificado.