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Rã 'do tamanho de uma moeda' intriga cientistas na Indonésia

Nova espécie, que foi encontrada em Celebes, uma ilha a leste de Bornéu, possui comportamentos bastante diferentes dos de outros tipos de rã

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 22/12/2023, às 09h13

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Nova espécie de rã encontrada - Divulgação/Sean Reilly
Nova espécie de rã encontrada - Divulgação/Sean Reilly

Na Indonésia, pesquisadores descobriram a menor espécie de rã com presas já registrada no mundo. A descoberta foi revelada através do periódico PLOS ONE nesta quarta-feira, 20.

A espécie, denominada Limnonectes phyllofolia, foi identificada por uma equipe da Universidade da Califórnia (UC) em Berkeley, em colaboração com o Museu de Zoologia de Bogor. A foi encontrada em Celebes, uma ilha montanhosa a leste de Bornéu.

"Essa nova espécie é minúscula se comparada a outras rãs com presas da ilha onde foi encontrada, aproximadamente do tamanho de uma moeda", destaca Jeff Frederick, pesquisador de pós-doutorado do Field Museum em Chicago (EUA) e autor principal do estudo.

Características

De acordo com informações do portal Galileu, a Limnonectes phyllofolia possui duas presas ósseas que se projetam para fora do maxilar inferior, as quais utiliza em brigas territoriais, na busca por parceiros e na caça de alimentos com cascas duras, como centopeias.

Além disso, os pesquisadores notaram algo incomum enquanto exploravam as florestas locais: ninhos de ovos de rã em folhas de mudas de árvores e pedras cobertas de musgo. Segundo eles, as rãs depositam ovos encapsulados por uma camada gelatinosa, em vez de uma casca protetora mais rígida, e geralmente colocam seus ovos na água. A equipe ficou surpresa ao encontrar ninhos na paisagem terrestre.

Jeff Frederick explica que, após monitorar repetidamente os ninhos, a equipe observou rãs abraçando seus pequenos ovos em folhas. Esse contato próximo permite que os pais cubram os ovos com compostos que os mantêm úmidos e protegidos contra contaminações bacterianas e fúngicas.

Surpreendentemente, os pesquisadores observaram que eram os machos que cuidavam dos ninhos durante o processo de incubação, um comportamento incomum, embora não desconhecido, no grupo das rãs.

Os autores levantaram uma hipótese sugerindo que o comportamento reprodutivo excepcional dessas rãs pode estar relacionado ao tamanho de suas presas, que é menor do que o comum. Enquanto alguns parentes dessa espécie recém-identificada têm presas maiores para evitar a competição por locais de desova em rios, as Limnonectes phyllofoli podem ter perdido a necessidade de desenvolver presas tão grandes ao longo de sua evolução.

+ Confira aqui o estudo completo.