Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Austrália

Raro naufrágio do século 19 revela detalhes sobre embarcações coloniais da Austrália

Como não existem muitas fontes históricas de navios do período da colonização, a descoberta tornou-se muito importante para entender mais sobre essas construções

Isabela Barreiros Publicado em 13/04/2020, às 10h25

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
O naufrágio encontrado na Austrália - Universidade de Flinders
O naufrágio encontrado na Austrália - Universidade de Flinders

Ao encontrar o naufrágio de uma antiga escuna construída na ilha da Tasmânia, na Austrália, arqueólogos poderão desenvolver novas teorias sobre embarcações coloniais. A descoberta se trata da escuna Barbara, que remonta do século 19, e cujo paradeiro permaneceu um mistério por quase 170 anos.

O barco afundou em 1852, após uma ventania leva-lo até águas rasas, o que fez com que ele fosse destruído por rochas. Hoje, os destroços encontrados devem ajudar pesquisadores a entender mais sobre como os colonizadores construíam seus barcos. Segundo a arqueóloga Wendy Van Duivenvoorde, da Universidade de Flinders, como antigamente tudo era feito por navio, estudar esses transportes é muito importante.

Crédito: Universidade de Flinders

Duivenvoorde ainda afirma que a comunidade científica sabe muito pouco sobre as embarcações daquela época, — desde o início do século 19, antes de 1850, — o que aumenta a importância da descoberta. "Temos muito poucas fontes históricas que detalham a construção naval australiana e, no entanto, essas embarcações foram muitos importantes na construção da Austrália”, afirmou.

Os pesquisadores envolvidos no achado atestam que o naufrágio possibilitou que eles obtivessem mais informações sobre as embarcações da época da colonização britânica na região. Uma delas foi o material utilizado para a construção desses transportes.

Crédito: Universidade de Flinders

"Sempre assumimos que eles usariam madeiras locais como o pinheiro Huon ou eucalipto-da-Tasmânia [também conhecido como chiclete azul]", explicou Duivenvoorde. No entanto, isso não foi desmentido pelo navio encontrado. "Com este navio em particular, descobrimos que a tábua era feita de jarrah do oeste da Austrália, a estrutura era feita de tea tree e havia eucalipto de Nova Gales do Sul e Victori”, continuou a pesquisadora.

"Parece que o armador da embarcação foi muito seletivo nas madeiras que ele escolheu para partes específicas da embarcação, em vez de usar madeiras locais. Isso mostra que havia uma escolha específica de madeira para partes específicas do navio”, conclui.