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Notícias / Tortura

Seguranças torturam e espancam acusados de furtarem peças de carne

Caso aconteceu em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre

Redação Publicado em 05/12/2022, às 11h35

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Cenas da agressão - Reprodução/Rede Globo
Cenas da agressão - Reprodução/Rede Globo

No último dia 12 de outubro, seguranças de um supermercado em Canoas, Porto Alegre (RS), agrediram e torturaram dois homens acusados de furtar dois pacotes de picanha. As agressões foram tamanhas que um deles sofreu ferimentos graves e teve de ser mantido em coma induzido

O caso só caiu no conhecimento público após matéria publicada pelo Fantástico no último domingo, 4. Segundo a reportagem, a polícia só soube do ocorrido após o hospital avisar as autoridades; foi então que os agentes encontraram parentes das vítimas e questionaram o que havia acontecido. 

Posteriormente, descobriu-se que o supermercado onde as agressões ocorreram possui 31 câmeras de segurança, mas o HD que armazena as imagens foi formatado. Entretanto, um perito criminal conseguiu recuperá-las. 

Cenas de tortura

De acordo com as autoridades, a sessão de tortura contra os sujeitos durou cerca de 45 minutos, onde foram distribuídos diversos socos, pontapés e agressões com pedaços de madeira. Cinco seguranças participaram do ato violento, além do gerente e subgerente do local que observaram tudo e não fizeram nada para intervir. 

O delgado Robertho Peternelli informou que os seguranças e o gerente serão indiciados pelos crimes de tortura e ocultação de provas. Já o subgerente por tortura e omissão.

Além disso, será investigado também o crime de extorsão mediante sequestro, visto que as vítimas só foram libertadas depois de pagarem R$644. Em termos de comparação, os supostos produtos furtados custam por volta de 200 reais. 

Após o cenário de violência, os seguranças voltaram ao depósito e ainda posaram em uma foto, tirada pelo gerente do espaço. O inquérito está sob os cuidados da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Canoas. 

Ao programa da Globo, a rede Unisuper, dona da loja, afirmou que repudia qualquer ato de violência ou de violação dos direitos humanos. "Estamos integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitiadas no intuito de contribuir com as investigações".