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Notícias / Seita do jejum

Seita do jejum: autópsias revelam crianças asfixiadas em culto queniano

Exumação de corpos revela não só sinais de fome, como também de agressão e asfixia

Éric Moreira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 02/05/2023, às 08h35

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Corpos de vítimas de seita queniana sendo transportados por autoridades - Reprodução/Twitter
Corpos de vítimas de seita queniana sendo transportados por autoridades - Reprodução/Twitter

Nas últimas semanas, um assunto que vem sendo bastante comentado foi a descoberta de diversos corpos com sinais de desnutrição no Quênia, o que levou ao apontamento de uma espécie de seita que pregava a fome como salvação. E recentemente, as autópsias de alguns desses corpos revelaram novas pistas sobre as atrocidades que poderiam ter sido cometidas no tal 'culto da fome'.

De acordo com texto de George Obulutsa, da Reuters, ao UOL, a exumação de 10 corpos relacionados à seita — sendo eles de nove crianças com idades entre 18 meses e 10 anos — revelou não só alguns sinais de fome, como também até mesmo de asfixia, conforme atualizações de patologistas do governo queniano.

Ao todo, mais de 100 autópsias devem ser feitas nos próximos dias, considerando-se a descoberta recente de 101 corpos em covas rasas cavadas na Floresta Shakahola, no condado de Kilifi. As autoridades ainda apontam que todos os mortos eram seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas, liderada pelo pastor Paul Mackenzie, acusado de instruir fiéis à fome para irem primeiro aos cés.

O pastor Paul Mackenzie Nthenge
O pastor Paul Mackenzie Nthenge / Crédito: Divulgação/Vídeo/YouTube

Investigações

Além dos corpos de vítimas da 'seita do jejum', outros oito membros foram encontrados em meio à floresta, extenuados, e vieram a morrer pouco depois. Até o momento, pelo menos 44 pessoas foram resgatadas, e Mackenzie se encontra sob custódia da polícia desde 14 de abril, assim como outros 14 supostos membros do cuto.

"Em geral, a maioria delas apresentava características de fome. Vimos características de pessoas que não haviam comido. Não havia comida no estômago", contou o patologista-chefe do governo, Johansen Oduor. Além disso, duas das vítimas apresentavam sinais de asfixia, acrescentou.