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Notícias / Urina roxa

Síndrome da bolsa de urina roxa é estudada por médicos de Oxford

Urina roxa de mulher de 76 anos de idade inspirou estudo publicado na revista Oxford Medical Case Reports

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 13/03/2023, às 13h52

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Médicos de Oxford estudam síndrome da bolsa de urina roxa - Divulgação / Twitter
Médicos de Oxford estudam síndrome da bolsa de urina roxa - Divulgação / Twitter

Um caso médico raro envolvendo urina de coloração inusitada foi relatado por profissionais de saúde do Kentucky, nos Estados Unidos, na revista Oxford Medical Case Reports.

Uma mulher de 76 anos, que foi hospitalizada devido a insuficiência cardíaca, renal e câncer de bexiga, apresentou, após quatro dias de internação, urina roxa.

No estudo, os médicos apontam que a infecção em seu trato urinário desencadeou uma reação bioquímica que gerou pigmentos azuis e vermelhos na urina, que oxidaram e resultaram na cor observada. O caso é conhecido como síndrome da bolsa de urina roxa (PUBS, na sigla em inglês).

Histórico 

De acordo com informações do portal de notícias UOL, a paciente já tinha um histórico médico extenso e complexo e foi internada devido a problemas respiratórios associados a seus problemas cardiovasculares. A equipe do hospital decidiu então inserir um cateter no corpo da mulher, a fim de drenar sua urina.

Após quatro dias, a bolsa de urina mudou para uma tonalidade roxa forte, sendo que um teste de pH revelou que o líquido estava extremamente alcalino, o que pode indicar mau funcionamento dos rins. A paciente também apresentou altas concentrações da bactéria Proteus mirabilis, comum em infecções do trato urinário.

Fatores de risco

Ter insuficiência renal, urina alcalina e constipação, além de idade e fragilidade, são fatores de risco para a PUBS, apontou o estudo. As mulheres também têm maior probabilidade de desenvolver a síndrome, que é o resultado de um processo biológico que ocorre no intestino.

Os profissionais também afirmaram que a PUBS não é perigosa para a maioria das pessoas, mas pacientes imunodeprimidos são mais propensos a desenvolver complicações graves.

"O tratamento médico envolve a troca do cateter e a administração de terapia adequada para tratar a infecção bacteriana", explicaram os médicos. De acordo com eles, a paciente recebeu alta após cinco dias de antibióticos e recebeu a recomendação de ser acompanhada por um nefrologista ou urologista.