O soldado Travis King atravessou a fronteira entre as coreias em julho deste ano, e desde então seguiu sob custódia
Redação Publicado em 27/09/2023, às 11h20
Em julho deste ano, o soldado norte-americano Travis King deu o que falar por todo o mundo depois que, inesperadamente, atravessou a fronteira entre a Coreia do Sul — onde atuava em serviço militar — e a Coreia do Norte, em direção à terra de Kim Jong-un. Só nesta quarta-feira, 27, dois meses depois, Pyongyang decidiu por expulsar o soldado, conforme informado pela agência de notícias estatal, a KCNA.
Ainda segundo a agência, Travis "confessou que havia decidido ir para a Coreia do Norte porque nutria ressentimentos contra maus-tratos desumanos e discriminação racial dentro do exército dos EUA". Só agora, depois de dois meses no país asiático, as investigações em torno do episódio foram concluídas e o soldado foi expulso — embora não tenha sido detalhado como, quando ou para onde ele será encaminhado.
King confessou que se intrometeu ilegalmente no território da Coreia do Norte porque [...] estava desiludido com a sociedade desigual dos EUA", reforça a KCNA.
Conforme noticiado pelo g1, Travis King se alistou no exército em 2021, onde atingiu o cargo de batedor de cavalaria na Força Rotacional Coreana, um acordo entre Estados Unidos e Coreia do Sul para manter a proteção no país asiático. No entanto, por mais que seu histórico como militar ainda seja breve, ele já se envolveu em outros problemas fora a fuga para o Norte.
Por duas vezes, por exemplo, ele foi acusado de agressão, inclusive destruindo propriedade pública em uma delas, quando danificou um carro da polícia em meio a um discurso contra os coreanos, quando era levado à força por autoridades locais depois de se envolver em uma briga em uma boate.
Agora, com o evidente retorno de Travis King aos Estados Unidos, autoridades norte-americanas não-identificadas afirmaram que o soldado passaria por um processo disciplinar militar quando chegasse em casa, em Fort Bliss, no estado do Texas.
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