Kat Torres chegou a Minas Gerais na última semana, em um voo com deportados
Depois de ser presa nos Estados Unidos no dia 2 de novembro, Katiuscia Torres, conhecida como Kat Torres, foi presa preventivamente no Brasil, sob suspeita de manter pessoas em condições análogas a escravidão. Em seu site oficial, a influenciadora se descreve como “life coach” e promete “estratégias de evolução espiritual, na carreira, nas finanças e nos relacionamentos”.
Katiuscia Torres passou a ser alvo de investigações depois que as famílias de duas brasileiras que viviam com ela denunciaram o desaparecimento das jovens. Em outubro, uma delas, Letícia Maia, afirmou que era mantida em cativeiro e que tinha conseguido fugir, mas sua amiga, Desirrê Freitas, ainda estava presa.
O caso ganhou notoriedade depois que a modelo Yasmin Brunet foi envolvida nas denúncias e acusada, erroneamente, de participar do esquema de tráfico de pessoas e prostituição. Ela registrou um boletim de ocorrência da 4ª Delegacia de Crimes Cibernéticos.
Em entrevista para o jornal O Globo, mulheres denunciaram como as influenciadoras aplicavam os golpes. Segundo elas, Kat cobrava altos valores, em dólar, para as consultas. Uma das vítimas conta que foi extorquida em mais de R$ 150 mil.
Ela e as meninas [Letícia e Derissê] me tratavam como rainha. Mas comecei a ver que os banhos com cristais não funcionavam. O meu ex não me procurava, e as meninas deixaram escapar que a Kat as proibira de falar de negócios comigo (...) Depois de cinco dias, eu vim embora e nunca mais falei com nenhuma delas”.
Letícia e Desirrê foram presas pela polícia de imigração de Maine, extremo norte dos Estados Unidos, por estarem ilegais no país. Já Kat Torres foi encaminhada ao Complexo Penitenciário Femino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, a influenciadora está sozinha em uma cela provisória de triagem.