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Notícias / Brasil

Suspeitando de gases, mulher vai a hospital e descobre infarto pulmonar

Após sentir dores por mais de 12 horas, Caroline Mayorga, de 30 anos, foi a unidade de saúde onde descobriu infarto pulmonar; caso ocorreu em São Paulo

Redação Publicado em 14/12/2023, às 08h16

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Caroline Mayorga, mulher que descobriu infarto pulmonar - Arquivo Pessoal
Caroline Mayorga, mulher que descobriu infarto pulmonar - Arquivo Pessoal

Na última semana, a paulistana Caroline Mayorga, de 30 anos, enfrentou uma situação que definiu como "assustadora" ao passar um período internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da Zona Sul de São Paulo. Isso porque ela chegou na instituição de saúde suspeitando sofrer com gases, mas acabou descobrindo um infarto pulmonar.

"Na noite de 24 de novembro, uma sexta-feira, eu estava em casa assistindo a TV, fazendo brownie para a minha sobrinha. Por volta das 21h30, comecei a sentir umas dores que eram como pontadas no lado esquerdo da costela e entre o ombro e o pescoço. Como se fossem dores de gases. Essas dores continuaram, e resolvi deitar para ver se passava", relatou ela ao g1.

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Então, conforme ela segue contando, durante a madrugada ela chegou a acordar, ainda sentindo dores, mas eventualmente mais uma vez voltou a dormir. "Acordei umas 8h30, e achei estranho, porque a dor não tinha passado. Estava há quase 12 horas com a mesma dor. Decidi ir para o hospital, porque estava me atrapalhando, e eu tinha compromisso", recorda.

No Hospital São Luiz, localizado no bairro do Morumbi, em São Paulo, ela passou por uma triagem e realizou alguns exames, ao passo que "a dor não passava, só piorava". "Fiz todos os exames, e a médica me chamou de volta. Ela me falou que eu estava com um infarto pulmonar bilateral. O protocolo era me internar direto na UTI. Fiquei seis dias no hospital."

Na UTI, você não dorme bem, porque tem luzes acesas, barulhos o tempo inteiro, pessoas reclamando de dor. Além disso, dá um sentimento de solidão, porque os horários de visita são muito restritos. Tive muito medo, porque escutava as pessoas falando dos casos delas, e eu nunca tinha sido internada. Foi assustador", relatou.

Por fim, Caroline recebeu alta no dia 30 de novembro e, segundo o g1, segue fazendo tratamento para a condição que foi diagnosticada.

Infarto pulmonar

Rodolfo Behrsin, pneumologista e professor da UniRio explicou ao g1 que o infarto pulmonar, o que acometeu Caroline Mayorga, geralmente deve ser tratado como consequência de uma embolia pulmonar — quando ocorre a obstrução de uma artéria do pulmão pelo acúmulo de material sólido trazido através da corrente sanguínea, podendo ser até mesmo um coágulo de sangue (trombo).

Quando o paciente tem uma embolia, dependendo do tamanho daquele êmbolo, ele vai obstruir um vaso sanguíneo. Esse vaso obstruído não vai conseguir levar sangue para as regiões que ele alimenta," explica. "Consequentemente, aquela região vai necrosar e vamos ter um infarto pulmonar. O infarto pulmonar deve ser tratado como uma consequência da embolia pulmonar."

Entre os sintomas possíveis de um infarto pulmonar, os principais descritos são falta de ar, dores nas costas e estrias de sangue no escarro. Vale mencionar ainda que, até o momento, não se sabe exatamente o que teria provocado a embolia em Caroline, mas uma hipótese levantada por Behrsin é de que pode ter relação com o uso de pílula anticoncepcional: "O uso do anticoncepcional aumenta a probabilidade de fazer trombose e embolia pulmonar. Se você associa o anticoncepcional a cigarro, aumenta a probabilidade mais ainda."

"Em situações em que a pessoa fica muito tempo imobilizada, uma viagem de avião de 12 horas por exemplo, isso também pode aumentar o risco de uma embolia pulmonar. Pacientes com trombofilias têm uma tendência maior a causar trombos — a embolia se origina a partir do trombo", acrescenta, por fim.