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Notícias / Estados Unidos

Trump anuncia que perdoará a sufragista Susan B. Anthony, condenada por votar em 1872

Na época, Anthony violou a lei que só permitia o voto para homens e chamou a atenção para o movimento do sufrágio feminino

Penélope Coelho Publicado em 19/08/2020, às 11h30

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Getty Images
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Getty Images

Na última terça-feira, 18, o jornal The Guardian anunciou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá perdoar Susan B. Anthony — uma mulher condenada por ter votado em 1872, infringindo as leis da época que proibiam o voto feminino. Na ocasião, a sufragista foi condenada e multada em US $ 100 dólares por seu ato considerado ilegal.  

Trump anunciou a decisão em uma cerimônia realizada na Casa Branca, durante a comemoração do centésimo aniversário da 19ª emenda da constituição norte-americana, que permitiu o direito de voto às mulheres.

"Por que levou tanto tempo? As mulheres dominam os Estados Unidos — acho que podemos dizer isso com segurança”, afirmou Trump na cerimônia realizada na terça-feira.

A decisão de Donald ocorre no momento que antecede as votações para a presidência nos Estados Unidos, onde seu rival na disputa, Joe Biden, tenta incluir assuntos sobre as condições das mulheres nos EUA, principalmente aquelas que vivem nos subúrbios do país.

Quem foi Susan B. Anthony?

Retrato de Susan B. Anthony / Crédito: Wikimedia Commons

Nascida em 15 de fevereiro de 1820, Susan Brownell Anthony foi uma figura importante e defensora de causas sociais nos Estados Unidos. Seguindo o exemplo dos pais, quando tinha somente 17 anos, Susan passou a organizar petições contra a escravidão no país.

Além de ter viajado os EUA falando sobre o direito do voto feminino, Anthony esteve à frente de diversos movimentos sufragistas. Em 1872 ela entrou para a história quando contrariou a todos e votou nas eleições presidenciais daquele ano.

A mulher foi julgada por um tribunal formado só por homens e, apesar de ter sido condenada, criticou os atos do governo e afirmou que não iria pagar um centavo da multa que havia sido estipulada a ela — o que verdadeiramente aconteceu. A norte-americana faleceu em 1906, aos 86 anos de idade, e não viveu para assistir a assinatura da 19ª emenda, realizada em 18 de agosto de 1920.