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Notícias / Venezuelanos

Venezuelanos e crianças são resgatados em situação análoga à escravidão

O grupo de 39 pessoas foi localizado por agentes de segurança em Santa Catarina

Redação Publicado em 10/02/2023, às 14h27

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Alojamentos dos trabalhadores venezuelanos em condições precárias - Divulgação/AFT
Alojamentos dos trabalhadores venezuelanos em condições precárias - Divulgação/AFT

Nesta sexta-feira, 10, agentes de segurança de Santa Catarina realizaram uma operação para resgatar um grupo de 24 trabalhadores venezuelanos que viviam em condição análoga à escravidão, na cidade de Rio do Sul. Em nota, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) também informou que dois bebês de 4 dias de vida foram retirados do local. 

Segundo informações do portal G1, as vítimas trabalhavam na área de construção de galpões e estavam instalados em ambientes sem cozinha, água e colchões apropriados. Além disso, testemunhas declararam em depoimento que os 39 indivíduos, incluindo os trabalhadores e suas famílias, foram aliciados em diversas cidades, fato que configura tráfico de pessoas. 

Alojamentos 

Conforme informado em comunicado, Joel Darcie, coordenador da operação e auditor-fiscal, detalhou a situação dos alojamentos em que os homens e mulheres moravam:

[O alojamento foi] feito com paredes de madeira, chão de concreto e telhado de zinco, sendo composto por um quarto pequeno com uma ou duas camas para cada família e seis banheiros de uso coletivo. A fiação elétrica era precária, gerando alto risco de incêndio". 

Ele acrescentou:

Os trabalhadores improvisaram um tambor para armazenamento de água e utilizavam essa água para tomar banho, dar descarga nos banheiros, realizar higiene pessoal, cozinhar, lavar louças e roupas".

Oferta de emprego e desfecho 

De acordo com Darcie, os trabalhadores foram atraídos por uma publicação em uma rede social oferecendo empregos exclusivamente para venezuelanos. O anúncio informava que o salário seria de R$ 3 mil reais e que a empresa arcaria com moradia e alimentação. Até o momento, nenhum responsável foi preso. 

Posteriormente, a Defensoria Pública da União e o Ministério Público do Trabalho anunciaram o pagamento de cerca de R$ 140 mil em verbas rescisórias às vítimas, sendo ainda R$ 200 mil por danos morais coletivos e R$ 100 mil por danos individuais.