Novo estudo revela que antigos vikings não só lidavam com cáries ao longo de suas vidas, como também com dolorosas tentativas de tratamento; entenda!
Redação Publicado em 14/12/2023, às 11h52
Em 2005, escavações em Varnhem, na Suécia, revelaram restos de uma antiga igreja cristã, localizada próxima a um cemitério com milhares de sepulturas vikings dos séculos 10 a 12.
Recentemente, pesquisadores da Universidade de Gotemburgo realizaram exames clínicos e radiográficos na dentição de alguns destes indivíduos, e puderam constatar que eles sofriam grandemente com um problema dental bastante comum até hoje: cáries.
Publicado no dia 13 de dezembro na revista PLOS ONE, o estudo analisou mais de 2.300 dentes de 171 indivíduos, de acordo com o site Phys.org. Dos adultos, mais de 60% apresentava sinais de cárie dentária, ao passo que nenhum dos jovens tinha. Além disso, também foram notadas outras patologias, como infecção dentária, e indícios de perda de dentes ainda antes da morte.
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Ainda conforme descreve o estudo, grande parte dos indivíduos tinha cáries graves, capazes de provocar até mesmo dores de dente. Alguns casos, porém, continham desgastes propositais nos dentes, provavelmente para diminuir as dores.
Vale mencionar que a prevalência de cáries nos vikings não surpreende, sendo comum em outras populações da Europa do mesmo período.
Apesar de parecer contraditório, a prevalência de cáries tende a diminuir conforme a idade dos adultos, nesta população. Isso porque, na verdade, os indivíduos mais velhos possuem um aumento em sua perda dentária, ou seja, os dentes mais cariados geralmente não eram presentes, tendo sido removidos ou perdidos naturalmente.
Em uma população viking sueca, cerca de metade dos indivíduos sofria de cárie dentária. Os vikings realizavam tanto lixamento, colheita de dentes quanto outros tratamentos dentários, incluindo tentativas de tratar infecções dentárias", descrevem, por fim, os autores do estudo.
