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Notícias / Itália

Vulcão italiano adormecido desde 1538 pode entrar em erupção

O supervulcão Campos Flégreos manifestou movimentações de solo que foram detectadas por análises de geólogos

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 10/06/2023, às 13h42 - Atualizado em 11/06/2023, às 20h29

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Imagem ilustra trecho de emissão gasosa no Campos Flégreos - Wikimedia Commons / Donar Reiskoffer
Imagem ilustra trecho de emissão gasosa no Campos Flégreos - Wikimedia Commons / Donar Reiskoffer

Geólogos da University of College London e do Instituto Nacional de Pesquisa de Geofísica e Vulcanologia da Itália divulgaram um estudo que analisou a atividade sísmica recente e elevação do solo do vulcão Campos Flégreos, localizado na Itália, sugerindo que sua estrutura está "esticada quase a ponto de se romper", prevendo uma possível erupção nos próximos anos.

Com sua última erupção ocorrida há cinco séculos e sem dar sinais de perigo há pelo menos 70 anos, o monitoramento da deformação do solo e emissões de gás possibilita prever uma erupção eminente, chamando atenção a tremores que resultaram no levantamento do solo da região, cooperando para a extensão da crosta do vulcão.

“Nosso novo estudo confirma que Campi Flegrei está se aproximando da ruptura”, disse Christopher Kilburn, professor de Ciências da Terra na Universidade College London, no Reino Unido, através de comunicado repercutido pelo Olhar Digital. “Isso não significa que uma erupção esteja garantida. A ruptura pode abrir uma rachadura através da crosta, mas o magma ainda precisa estar empurrando para cima no local certo para que uma erupção ocorra”.

Possíveis afetados

Segundo a Revista Galileu, cerca de 360 mil pessoas vivem em seu topo. Como não se localiza em uma montanha, o vulcão tem a forma de depressão suave contando de 12 a 14 km de diâmetro, o que configura uma caldeira.

A própria caldeira se formou após uma enorme erupção de 39 mil anos atrás, que não transborda desde 1538, quando sua última erupção ocorreu – portanto, há quase 500 anos. O artigo científico completo foi publicado, em inglês, pela revista científica Nature.