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Matérias / Alexandre, o Grande

5 coisas que você precisa saber sobre Alexandre, o Grande, antes de ver a série da Netflix

Netflix lançou a série 'Alexandre: O Nascimento de um Deus', que aborda um dos maiores líderes militares da Antiguidade

Éric Moreira Publicado em 30/01/2024, às 16h32 - Atualizado em 13/02/2024, às 07h09

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Antigo mosaico retratando Alexandre, o Grande, e sua versão em 'Alexandre: O Nascimento de um Deus', interpretado por Buck Braithwaite - Domínio Público via Wikimedia Commons / Divulgação/Netflix
Antigo mosaico retratando Alexandre, o Grande, e sua versão em 'Alexandre: O Nascimento de um Deus', interpretado por Buck Braithwaite - Domínio Público via Wikimedia Commons / Divulgação/Netflix

A Netflix lançou no último dia de janeiro, uma série documental focada em uma importante figura da História: Alexandre, o Grande. Em seis episódios, 'Alexandre: O Nascimento de um Deus' descreve os feitos do homem que ficou conhecido por ser um dos maiores líderes militares da Antiguidade.

A série resgata a ascensão de Alexandre, mostrando sua busca incansável para derrubar o imperador persa Dario, culminando na conquista de vastos territórios em menos de seis anos, um feito marcante na história militar.

A trajetória do líder é seguida por abordagem única, combinando reconstituições dramáticas, insights de estudiosos, descobertas arqueológicas inovadoras e informações provenientes de escavações no sítio arqueológico de Calliope Limneos-Papakosta, localizado em Alexandria, no Egito.

Assim, considerando que a série documental é inspirada em uma das figuras militares mais proeminentes da História, leia a seguir 5 curiosidades sobre Alexandre, o Grande:

1. Admiração helênica

Por mais que Alexandre, por si só, tenha sido uma figura histórica envolta em grandes conquistas, ele era membro da realeza antes mesmo de alçar rumo às suas vitórias.

Filho de Filipe II da Macedônia, ele cresceu como um príncipe e, entre suas regalias, foi educado pessoalmente pelo filósofo grego Aristóteles dos 13 aos 16 anos. Ele tinha grande admiração pela cultura helênica (de origem grega).

Bustos de Aristóteles e Alexandre, o Grande, respectivamente / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Por isso, já como grande conquistador, "era preocupação de Alexandre difundir a cultura grega por cada lugar que passava. A união de todo o Mediterrâneo oriental sob o seu comando propiciou a criação de uma cultura única em que traços gregos foram misturados a traços regionais", explicou a arqueóloga clássica Maria Beatriz Borba Florenzano à Super Interessante. Além disso, fora ele o responsável pela difusão do uso de moedas, cunhadas pelos gregos.


2. Sucessão 

Quando Alexandre completou 18 anos, em 338 a.C., seu pai, Filipe II, partiu para campanhas militares e deixou a defesa do país em suas mãos. Porém, em 336 a.C., o rei macedônio morreu, e assim Alexandreherdou o império.

Dois anos depois, ele liderou um exército com cerca de 14 mil macedônios e 7 mil aliados gregos e invadiu a Frígia (atual Turquia).

Busto de Filipe II da Macedônia / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

Depois, ainda venceu os persas na cidade de Issus, invadiu a Síria e a Fenícia e, em 332 a.C., o império alcançou até a região do Egito.

Retornando para o Oriente Médio, conquistou também a Mesopotâmia (atual Iraque) e a Pérsia (Irã), seguido pelos territórios onde hoje estão o Uzbequistão e o Paquistão. Em 326 a.C. ele alcançou o outro limite de seu domínio, na fronteira com a Índia, e assim o império atingiu seu auge, em pouco mais de 10 anos.


3. Estratégias de batalha

Como um exímio conquistador, é claro que Alexandre, o Grande, era um estrategista de batalha. E quem o acompanhava nas empreitadas pelo continente era seu exército, formado pelas falanges, grupos de infantaria (soldados que lutam de pé).

Eram formados majoritariamente por camponeses e outros macedônios comuns, de acordo com a Super Interessante. Vale mencionar que eles se armavam com longas lanças de madeira com pontas de ferro, cujos comprimentos variavam de 4,5 a 5,5 metros.

Sarcófago dos Museus Arqueológicos de Istambul retratando o domínio das tropas de Alexandre, o Grande / Crédito: Foto por Marsyas via Wikimedia Commons

Além da infantaria, existia também sua cavalaria: tropas que protegiam os flancos da infantaria, montadas a cavalo, e geralmente originárias da aristocracia.

Com lanças, a principal função era abrir brechas no exército inimigo; para tanto, adotavam uma formação em cunha, que permitia movimentos rápidos e facilitava a penetração das tropas.


4. Avanços técnicos

Foi em meio às guerras, ingressadas por Alexandre, que alguns inventos de batalha engenhosos e inusitados foram criados. Um exemplo são as grandes máquinas semelhantes a catapultas rudimentares, feitas de madeira e com grossos cordões de tendão de boi.

Eram capazes de disparar pedras ou dardos a distâncias de impressionantes 400 metros, ignorando quaisquer escudos, armaduras ou defesas inimigas.

'O Encontro de Alexandre, o Grande, e Diógenes' / Crédito: Foto por Gaspar de Crayer via Wikimedia Commons

5. A morte 

Após ocupar a região da Babilônia, Alexandre, o Grande, escolhe a cidade de Susa, capital desta província, como local em que governaria seu glorioso e reformulado império. No entanto, em vez de reinar por muito mais tempo, ele encontrou seu fim precoce em 13 de junho de 323 a.C., aos 32 anos, vitimado por um grave arranjo intestinal.

Após a morte de Alexandre, seu império rapidamente se polarizou: sem que nenhum herdeiro oficial fosse nomeado, uma guerra civil que durou 40 anos foi instaurada, que elevava e retirava de tempos em tempos um novo líder.

Decorrido esse tempo, o império foi dividido em três partes: ptolomeus no Egito, os selêucidas na Ásia e os antígonos na Macedônia.