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Matérias / Múmias

700 anos bem preservados: a impressionante múmia chinesa da dinastia Ming

O corpo da mulher estava surpreendentemente conservado, e é provável que tenha sido mumificado de forma natural

Isabela Barreiros Publicado em 20/05/2020, às 07h00

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A múmia encontrada em Taizhou, na China - Divulgação
A múmia encontrada em Taizhou, na China - Divulgação

Quando se pensa em múmias, a maioria dos exemplos tende a ser de faraós ou nobres egípcios. Eles foram submetidos a um processo intencional de mumificação para que seus corpos pudessem ser preservados após a morte. No entanto, algumas vezes, isso acontece de maneira natural, apenas com a coincidência do ambiente em que o corpo foi colocado.

Na China, por exemplo, mais especificamente ao seu leste, em Taizhou, na província de Jiangsu, trabalhadores encontraram, sem querer, um dos mais bem preservados exemplos de múmias naturalmente mumificadas. A descoberta aconteceu em 2011 e ainda intriga pesquisadores.

Uma obra para abrir caminho a uma estrada estava sendo realizada na cidade. Para tal, os operários passaram a cavar profundamente o solo, mas não esperavam descobrir tal artefato. Quando atingiram por volta de um metro e meio abaixo da superfície, encostaram em algo que não deveria estar lá.

O túmulo

Crédito: Divulgação

Ao perceberem que se tratava de uma descoberta arqueológica, os trabalhadores pediram para que uma equipe de especialistas do Museu Taizhou se dirigisse à área. Assim, as escavações para retirar a tumba do local começaram, e os pesquisadores conseguiram descobrir muito mais do que apenas um túmulo debaixo do solo.

Eles abriram a sepultura e puderam observar um caixão que possuís três camadas. A principal, escondida por trás de camadas de seda e linho e, ainda, um líquido marrom, abrigava o corpo muito bem preservado de uma mulher.

O corpo media por volta de 1,5m de altura. Suas sobrancelhas, cílios, pele e cabelo estavam praticamente intactos. Parecia que ela havia morrido fazia pouco tempo, mas a verdade era que ela estava há pelo menos 700 anos no subsolo de Taizhou.

Como o local estava muito favorável para o cuidado da múmia, suas roupas e joias também permaneceram conservadas. Esses achados contribuíram para que os especialistas investigassem mais à fundo a origem dessa mulher e, principalmente, quando ela morreu, de forma mais exata.

Eles não foram capazes de afirmar uma data exata, mas a vestimenta, típica da dinastia Ming, que governou a China de 1368 a 1644, permitiu que eles estabelecessem essa época como o mais provável para o óbito da mulher. Se ela fosse do começo desse período, poderia ter mais de 700 anos de idade.

O mistério

O anel na mão da mulher / Crédito: Divulgação

Por mais que os pesquisadores conseguissem definir uma possível data para a morte da chinesa, outra dúvida permanece: quem foi essa mulher? A questão ainda continua como mistério, desde o ano em que ela foi encontrada, em 2011, até hoje.

As roupas tradicionais, a joalheria fina e as sedas requintadas, no entanto, demonstram que ela possivelmente era uma pessoa de alto escalão na sociedade em que vivia. Como é muito antiga e foi encontrada ao acaso, é muito difícil que os especialistas consigam decifrar essa incógnita.

Outro enigma também persiste: ela foi realmente mumificada naturalmente? O líquido marrom, para alguns, sugeria que ela foi deliberadamente preservada por uma prática intencional, que utilizou a substância para preservá-la.

No entanto, é plenamente possível que, como estava no subsolo, água subterrânea tenha entrado no caixão. Alguns cientistas sugerem que ela foi preservada de forma natural a partir da temperatura e nível de oxigênio certos, que fizeram com que as bactérias responsáveis pela decomposição não adentrassem o túmulo.

Como é possível perceber, temos mais dúvidas do que respostas para a múmia chinesa encontrada em Taizhou. Ainda assim, ela permanece uma das mais importantes descobertas da atualidade, principalmente por estar tão bem preservada.

Dentro do túmulo, foram encontrados ainda outros artefatos notáveis. Ossos, cerâmicas, escritos antigos e mais diversas relíquias estavam junto com a mulher dentro de seu caixão. A partir disso, os pesquisadores conseguiram ter noção sobre os costumes da dinastia Ming, tanto a partir do corpo mumificado quanto dos objetos descobertos juntos a ela.


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