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Matérias / Bizarro

A grande farsa de Thomas Quick: o serial killer que parou a Suécia

Após ter confessado ser responsável pela morte de mais de 39 pessoas, Quick iniciou um circo midiático que durou 16 anos

Paola Churchill Publicado em 03/05/2020, às 09h00

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Foto do documentário da vida de Thomas Quick - Divulgação
Foto do documentário da vida de Thomas Quick - Divulgação

O sueco Sture Ragnar Bergawall, que adotou o nome de Thomas Quick era a ovelha negra de sua família. Rejeitado por ser gay, tinha poucos amigos e para suprir sua solidão, usava drogas e muito álcool. Um belo dia, chegou na delegacia de Falun, na Suécia, e confessou ter matado 39 pessoas, não poupando ninguém. Teria executado mulheres, homens e até mesmo crianças.

Durante a confissão, deu os detalhes mais macabros sobre as execuções, não escondendo nada que tinha feito. Os relatos incluíam estupros, mutilações e até mesmo canibalismo. Diante do episódio insólito, o país foi escandalizado. Por muito tempo, ele foi considerado um dos maiores assassinos em série da história da Europa.

Sem testemunhas ou provas que evidenciassem os crimes, Thomas foi acusado através das próprias confissões e foi condenado a prisão perpétua em um hospital psiquiátrico.

A figura, que parecia tão inocente, rodou o mundo; era chamado pelos meios de comunicação de monstro e chegou a ser comparado ao maníaco Hannibal Lecter, personagem do filme Silêncio dos Inocentes, de 1991.

Thomas na juventude /Crédito: DIvulgação/Youtube 

Ele tinha um enorme poder de persuasão, qualquer coisa que dissesse virava notícia e mobilizava os oficiais e psicólogos que queriam entender mais o que passava na sua cabeça. 

Assim, todos ficaram intrigados diante das confissões. Não existia uma pessoa que não tivesse escutado a saga de Thomas. Policiais, psiquiatras a população no geral acreditavam em cada palavra que saia de sua boca.

Contudo, todos crimes que Quick havia confessado, eram mentiras. Mas qual motivo teria levado um homem que não era um assassino a confessar crimes tão hediondos?

Rede de mentiras

Quick se sentia sozinho o tempo todo e começou a mentir sobre tudo para ver se chamava a atenção das pessoas. Mentia para a família, os amigos e até mesmo para o próprio psiquiatra.

Como era um leitor voraz de notícias, sabia de todos os atos mais horripilantes que aconteciam na Suécia. Assim, pensou que ao tomar a autoria de crimes tão terríveis, chamaria a atenção das pessoas.

Thomas e os oficiais durante a reconstituição de um dos supostos crimes/Crédito: Divulgação/Youtube

A farsa só foi descoberta por dois jornalistas suecos: o falecido Hannes Råstam, com a ajuda de sua assistente Jenny Küttim. A dupla deu vida a um trabalho minucioso de apuração em 2008 e percebeu que muitas das provas não se encaixavam.

Após anos de uma árdua investigação, os dois se encontraram com Thomas na prisão. Depois de incasáveis perguntas e caindo em contradição, revelou que, na verdade, não havia feito nada daquilo.  “O que posso fazer se não cometi esses assassinatos? Ser preso?”, afirmou Quick durante a visita. Hannes respondeu “Agora você tem sua grande oportunidade: me dizer a verdade”.

Após toda a narrativa ser revelada, e chocar ainda mais as pessoas pela falha gigantesca na investigação, Quick foi libertado depois de exaustivos 16 anos de cárcere.

Esse ano completou 70 anos, e mora em um lugar sigiloso, a fim de evitar perseguição da mídia e de curiosos, diferente do seu objetivo inicial, que era chamar a atenção. Atualmente, não mora mais na Suécia e tenta recomeçar todos os dias. 


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