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Matérias / Estados Unidos

Bituca de cigarro foi pista crucial para desvendar assassinato de 1971

Uma bituca de cigarro foi o item que ajudou a solucionar caso que permaneceu um mistério por décadas

Redação Publicado em 22/02/2023, às 14h00

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Imagem da vítima Rita Curran - Divulgação / Arquivo Pessoal
Imagem da vítima Rita Curran - Divulgação / Arquivo Pessoal

Um brutal assassinato ocorrido em 1971 foi desvendado 52 anos depois, através do uso de evidências de DNA de décadas atrás. Em seu apartamento localizado nos Estados Unidos, em Burlington, Rita Curran, uma jovem de 24 anos, foi assassinada e o caso permaneceu em mistério durante anos. Décadas após o ocorrido, o caso pôde ser desvendado graças a análise do DNA em um inusitado item: uma ponta de cigarro

Descobriu-se após entrevista coletiva, como anunciado pelo Departamento de Polícia de Burlington, na terça-feira, 21, que o assassino, William DeRoos, morreu anos atrás e que o caso foi finalmente resolvido.

Bituca de cigarro 

Por meio de uma tecnologia moderna de DNA e genealogia - e da preservação cuidadosa das evidências da cena do crime em 1971 -, o caso pôde ser desvendado. Curiosamente, a evidência mais incriminadora foi uma bituca de cigarro encontrada ao lado do corpo da jovem.

O caso foi reavaliado pelo Departamento de Polícia de Burlington em 2019, quando o tenente-detetive comandante, Jim Trieb, colocou sua equipe de detetives no caso, como informado pelo USA Today.

Durante anos, o caso foi colocado numa posição secundária, tornando-se a investigação arquivada mais antigo do departamento. As principais evidências foram mantidas em armazenamento e, em 2014, vários itens, inclusive a bituca de cigarro, foram enviados, para testes de DNA, a um laboratório forense na cidade de Nova York.

Teste de DNA

Na bituca de cigarro, o DNA de um homem foi detectado, contudo, não correspondia ao de alguém que estava no banco de dados nacional de criminosos, além de não corresponder também ao DNA conhecido dos 13 principais suspeitos da polícia.

A solução foi enviar as evidências da bituca de cigarro para uma empresa de genealogia, a fim de ver se um banco de dados maior de DNA poderia ajudá-los a encontrar o assassino

Outras evidências, como as roupas da jovem, foram levadas ao laboratório na Flórida em 2022, onde foram realizadas novas técnicas de extração de DNA. O resultado é que o crime foi um homem de nome De Roos.

Assassino

William DeRoos chegou a ser interrogado pela polícia na época do assassinato, contudo, não foi incriminado. William morava com sua esposa Michelle DeRoos — com quem se casou cerca de duas semanas antes do assassinato — no mesmo prédio de Curran. Eles brigaram na noite de 19 de julho e Michelle decidiu tomar um ar. 

A mulher, que hoje atende por outro nome, disse à polícia de Burlington em 2022 que seu marido tinha um histórico criminal na época. Também afirmou que o companheiro a orientou a não mencionar à polícia que ele não estava em casa no momento do crime.

Após o assassinato, William DeRoos deixou sua esposa, mudou-se para a Tailândia e tornou-se monge. Em 1974, ele ressurgiu em San Francisco, onde conheceu sua segunda esposa, Sarah Hepting.

Em entrevista, Hepting disse à polícia de Burlington que DeRoos, certa vez, esfaqueou uma mulher na sua frente. Além disso, ela contou que o homem já a estrangulou uma vez, da mesma forma que matou Curran. Ele foi encontrado morto por overdose de drogas em um quarto de hotel em 1986.

"Estamos todos confiantes de que William Deroos é responsável pelo assassinato agravado de Rita Curran, mas como morreu num quarto de hotel de overdose de drogas, não será responsabilizado pelas suas ações. No entanto, o caso será encerrado", disse James Trieb, inspetor de polícia e atual comandante do Departamento de Serviços de Investigação, à imprensa na última terça-feira, 22.

Rita Curran

Estrangulada, espancada e abusada sexualmente, a vítima, Rita Curran, foi assassinada por volta da meia-noite de 19 de julho. Quando foi assassinada, ela tinha 24 anos e era uma professora.

Ela havia acabado de sair da residência de seus pais para morar em outra casa, com três colegas de quarto, que não conhecia muito bem. Rita passava o verão trabalhando como empregada doméstica em um motel local e também realizava cursos na Universidade de Vermont, na época do crime.

Seu assassinato desecandeou ondas de medo, já que muitos residentes de Burlington tinham o costume de deixar as portas da frente de suas casas destrancadas. E mesmo com inúmeras pistas, a identidade do assassino permaneceu um mistério por décadas.