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Matérias / Brasil

Brasil tem média maior do que um ataque por ano em creches e escolas desde 2011

A infeliz marca aumentou na manhã desta quinta-feira, 5, após ataque com machado em creche de Blumenau, em Santa Catarina

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 05/04/2023, às 15h30

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Cenas de ataques brasileiros a creches e escolas - Divulgação / Vídeo / YouTube
Cenas de ataques brasileiros a creches e escolas - Divulgação / Vídeo / YouTube

Na manhã desta quarta-feira, 5, o um homem invadiu uma creche em Blumenau (SC) e munido de um machado, golpeou crianças na cabeça de maneira aleatória, vitimando fatalmente 4 delas e ainda ferindo outras 5. O caso recente acrescenta mais um caso na lista dos ataques a creches em escolas no Brasil desde o ano de 2011, ultrapassando a média de um ataque por ano.

Em abril de 2011, o país via com choque o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo no Rio de Janeiro (RJ), quando um ex-aluno invadiu a instituição de ensino e matou 12 crianças, além de ferir outras 10. Tal fatalidade viria a ocorrer novamente seis anos depois, em outubro de 2017, quando um estudante do Colégio Goyases, em Goiânia (GO), levou uma pistola para a escola e matou dois colegas, além de ferir quatro.

A partir deste episódio, o número dispara; em 2019, quatro ataques armados, com um em março sendo realizado na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), vitimando sete alunos e duas funcionárias. Outros dois ocorreram em setembro, no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira (PR), com dois alunos feridos, e um professor esfaqueado no CEU Aricanduva, em São Paulo (SP). Por fim, em novembro, dois alunos feridos por disparos na Escola Estadual Orlando Tavares, localizada na zona rural de Caraí (MG).

Número aumenta

Em maio de 2021, um homem invadiu a Escola Aquarela, em Saudades (SC), matando 3 crianças e duas funcionárias, sendo até então o primeiro ataque que não foi cometido por aluno ou ex-aluno. Em maio de 2022, mais três alunos esfaqueados na Escola Municipal Brigadeiro Eduardo Gomes, no Jardim Guanabara (RJ).

Ainda naquele ano, um ataque a tiros ocorreu no Colégio Municipal Eurides Sant'Anna, em Barreiras (BA), matando uma aluna cadeirante, e outro em Sobral (CE), quando um aluno atirou contra três colegas na Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes. Ainda em novembro de 2022, um rapaz de 16 anos atacou duas escolas na cidade Aracruz (ES), deixando três mortos e outros 13 feridos.

O ataque mais recente foi antecedido por um episódio trágico na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo (SP); uma professora faleceu com golpes de faca em 27 de março de 2023, dez dias antes do ataque em Blumenau. O agressor é um aluno do oitavo ano.

O que será feito?

No caso de Blumenau (SC), o polícia informou que o rapaz se entregou após o ataque e, juntamente com a Polícia Civil, uma investigação foi iniciada para descobrir a motivação do ataque e se houve ajuda ou premeditação. O nome do autor não está sendo divulgado, mas trata-se de um rapaz de 25 anos de idade.

O pessoal da Deic está se deslocando para lá. A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, que tem expertise na extração de dados de telefone e computadores. A gente quer identificar se tem mais algum participante. Se mais alguém participou. Como ele tramou esse plano. Onde ele obteve informações", disse Ulisses Gabriel, delegado-geral da Polícia Civil, ao portal de notícias G1.