Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Fernando Villavicencio

Candidato à presidência do Equador assassinado denunciou casos de corrupção

Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador foi morto a tiros na última quarta-feira, 9

Redação Publicado em 09/08/2023, às 22h48 - Atualizado em 10/08/2023, às 16h25

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fernando Villavicencio em vídeo - Reprodução/Instagram|Fernando Villavicencio
Fernando Villavicencio em vídeo - Reprodução/Instagram|Fernando Villavicencio

Após participar de um encontro político em meio a campanha presidencial, o político Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros no início da noite da última quarta-feira, 9, em Quito, capital do Equador.

Na ocasião, o candidato pelo Movimento Construye foi baleado três vezes na cabeça.Villavicencio chegou a ser levado para a Clínica da Mulher, próximo do local do atentado, mas já não estava vivo quando foi atendido.

Com 59 anos, Fernando variava entre o segundo e o quinto lugar nas pesquisas eleitorais para presidente. Como político, foi membro da Assembleia Nacional do Equador entre os anos 2021 e 2023.

Além disso, Villavicencio também atuou como jornalista investigativo, função que resultou na denúncia de casos de corrupção notáveis. Um deles, por exemplo, envolveu a denúncia contra Rafael Correa, ex-presidente, acusado pelo jornalista de cometer crimes contra a humanidade. O jornalista acusou o presidente de orquestrado uma invasão armada ao hospital da Polícia na revolta de 30 de setembro de 2010.

Como consequência, encarou 18 meses de prisão em 2014 ao ser condenado por 'injúrias' contra o ex-presidente. Com asilo político no Peru, continuou as denúncias, segundo repercutido pelo G1.

Há heróis que vão para o cemitério. Eu poderia ir para o Equador e me entregar, e poderá acontecer algo para que eu acabe sendo recordado como um homem que certa vez foi crítico em relação ao poder. Estou avaliando todas as opções, mas a verdade é que não me vejo com algemas", disse ele ao El País em 2014.

Através de outra investigação, denunciou um provável prejuízo ao Equador diante da venda de petróleo para países como a China e Tailândia. Durante sua campanha presidencial, falava sobre combater casos de corrupção. Líder sindical, Villavicencio defendia causas que englobavam indígenas e trabalhadores.

A morte

Guillermo Lasso, atual presidente do Equador, se manifestou através de sua conta no Twitter sobre o atentado contra Fernando. Ele destacou que o gabinete de segurança dará uma resposta ao brutal crime

"Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune. O Gabinete de Segurança reunir-se-á dentro de alguns minutos em Carondelet", escreveu Lasso em sua conta oficial.

Cartel assume execução

Após o ocorrido, membros da organização criminosa Los Lobos, considerada a segunda maior do país, publicaram um vídeo no X, antigo Twitter, onde podem ser vistos encapuzados e armados, reivindicando o ataque à Villavicencio.

No vídeo, os criminosos dizem que "toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, serão dispensados".

Além disso, também ameaçam outro candidato à presidência: "Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo."