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Matérias / Netflix

Cerco de Waco: Netflix lança documentário sobre tragédia dos EUA que matou 84 pessoas

Produção relembra os 51 dias em que o FBI tentou negociar com o líder de uma seita religiosa, e o incêndio mortífero que se seguiu

Ingredi Brunato Publicado em 22/03/2023, às 11h24

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Fotografia do complexo onde os membros do culto viviam - Domínio Público
Fotografia do complexo onde os membros do culto viviam - Domínio Público

Nesta quarta-feira, 22, a Netflix lançou a minissérie documental "O Cerco de Waco: Um Apocalipse Norte-Americano", que traz relatos inéditos de investigadores do FBI e sobreviventes para recontar um dos mais sangrentos episódios da história dos EUA. 

Tudo começou em fevereiro de 1993, no estado do Texas, quando as autoridades norte-americanas receberam denúncias a respeito de David Koresh, líder de uma seita religiosa de crenças apocalípticas chamada de Branch Davidian, cujos membros viviam juntos em um complexo fechado. 

De acordo com as informações que alcançaram os policiais, o homem teria estuprado menores de idade, além de armazenar armas ilegalmente, conforme repercutido pela revista People. 

Tragédia

Uma equipe tática do FBI foi ao local, porém a operação terminou com um confronto armado de duas horas entre os oficiais e Koresh, que era auxiliado por seus seguidores.

Primeira tentativa dos oficiais de invadirem o complexo / Crédito: Domínio Público 

A ocorrência terminou com as mortes de quatro agentes de segurança e seis membros do Branch Davidian. Vale mencionar que o líder em si teria sido ferido durante a troca de tiros, sendo atingido na lateral do corpo. 

Essas primeiras 10 mortes, infelizmente, foram as primeiras de muitas. Isso, pois o que viria a seguir era um cerco de 51 dias repleto de tentativas frustradas de negociações por parte do FBI, que procurava convencer David a deixar que as pessoas da seita religiosa que não queriam se envolver com a violência fossem embora.

O cenário, encarado pelo órgão oficial como uma situação de refém, tomou as manchetes de jornais através dos Estados Unidos, fazendo com que os desdobramentos do caso (ou a falta deles) fossem acompanhados de perto pela imprensa do país. 

Esse cara era totalmente diferente de qualquer um que enfrentamos antes, certamente do que eu já enfrentei. Essa coisa toda foi terrivelmente sem precedentes no que diz respeito à natureza e escopo, dinâmica e letalidade. A duração média de uma situação de refém nos Estados Unidos é geralmente de seis a oito horas. Isso durou 51 dias", comentou Byron Sage, ex-negociador do FBI, em entrevista à People. 

Infelizmente, o que enfim colocou um fim ao Cerco de Waco foi um incêndio fatal que tomou as vidas de mais 74 membros do Branch Davidian, incluindo 25 crianças. 

Embora exista concordância que as chamas foram iniciadas de propósito, a questão de quem foram os responsáveis é alvo de debate — a polícia norte-americana concluiu que foram os próprios integrantes da seita, mas alguns dos sobreviventes acreditam que foi o FBI. 

David Koresh

Foto de David Koresh / Crédito: Domínio Público

O líder do culto, é importante enfatizar, também perdeu sua vida no incêndio criminoso. Um detalhe perturbador do episódio como um todo é que o homem era conhecido por ser um autoproclamado "profeta", com uma de suas visões sendo justamente que sua seita seria um dia atacada pelo governo dos EUA, terminando em chamas. 

Ele pregou que as forças do mal estavam vindo para pegá-los e todos seriam mortos em um final de fogo e voltariam como os escolhidos, e nossas ações meio que validaram sua profecia entre seus seguidores", concluiu Sage ainda ao veículo. 

Confira abaixo o trailer: