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Matérias / Personagem

Clara Petacci, a apaixonada amante do líder fascista, Benito Mussolini

Os registros de Petacci em um diário, que permaneceu em segredo por anos, revelaram um lado desconhecido do ditador italiano

Penélope Coelho Publicado em 05/05/2020, às 17h00

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Clara Petacci, em 1930 - Wikimedia Commons
Clara Petacci, em 1930 - Wikimedia Commons

"Nós fizemos amor como nunca antes, até ele sentir dor no coração, e depois fizemos de novo. Depois disso ele adormeceu exausto e feliz.”, essas palavras apaixonadas são de Clara Petacci, em uma declaração de amor ao seu amante Benito Mussolini.

Clara foi uma garota romana de família rica, que sempre teve o mundo aos seus pés. Sua vida foi marcada para sempre devido ao seu envolvimento amoroso extraconjugal com o líder do fascismo italiano, Mussolini, mesmo com uma grande diferença de idade entre o casal — Mussolini era 29 anos mais velho que Clara, eles mantinham uma forte relação.

O envolvimento entre os dois começou quando a garota tinha 19 anos, sua família era de renome na Itália, já que Francesco Petacci, pai de Clara, havia sido o médico pessoal do Papa Pio XI. Entretanto, a menina já não era mais vista com bons olhos.

O início de um amor platônico

Mesmo sabendo que Mussolini era casado e pai de cinco filhos, Petacci resolveu chamar a atenção do político enquanto passeava de carro e avistou o homem por quem nutria um amor escondido.

"Il Duce, Il Duce", gritou Clara. Mussolini logo parou para falar com ela, convidando-a para o seu palácio. Para ficar com Mussolini, Clara terminou seu relacionamento com um piloto, antes mesmo de que ela tivesse certeza que teria algum futuro com o italiano. O relacionamento de Petacci e Mussolini aconteceu enquanto o fascista estava casado Rachele Mussolini.

Fotografia de Benito Mussolini

Registros escondidos

Pouco se sabia sobre o comportamento do líder fascista dentro de uma relação, até então. Isso mudou depois da descoberta de um diário escrito por Clara Petacci, durante os anos em que eles se relacionaram.

Os registros escritos entre 1932 e 1938, foram redescobertos em 2009. Através deles foi possível conhecer um lado ainda pouco explorado de Mussolini, para entender como o homem lidava com suas relações pessoais, amorosas e também sexuais.

Diversas curiosidades foram reveladas nas páginas desse livro que ficou fechado por mais de 70 anos. A relação dos dois se mostrou conturbada e ciumenta, ao mesmo tempo em que juntos, foram fogosos e dependentes um do outro.

Algumas revelações curiosas foram encontradas nas páginas desse diário, como, por exemplo, o encontro entre Hitler e Mussolini: “O Führer é muito agradável [...] Hitler é no fundo uma pessoa emotiva. Quando ele me viu, brotaram lágrimas dos seus olhos. Ele realmente gosta muito de mim.", disse Il Duce à sua amante.

Retrato da italiana Clara Petacci feito antes de 1945 / Crédito: Wikimedia Commons

Vida sexual de Mussolini

No livro, a concubina relatou intimidades sobre seu amante. O homem que se referia a si mesmo como Gigante, tinha o costume de manter relações extraconjugais. Segundo Petacci, era comum que ele ficasse com até quatro mulheres por noite. Mussolini tinha tanta obsessão por sexo quanto pelo poder.

Porém, em seu diário, Clara relata que o fascista havia largado suas outras amantes “Por que você se recusa a acreditar em mim?”, foram as palavras ditas por Mussolini para tentar acalmar os ânimos de Petacci.

Nas descrições da amante, Benito passou grande parte da noite anterior ao fatídico 13 de março de 1938, quando a Áustria foi anexada ao Reich alemão, em uma tentativa de fazer Clara parar de sentir ciúmes.

Porém, não era somente a mulher que mantinha esses sentimentos. O italiano fazia questão de manter as rédeas da relação, sempre observando os movimentos da garota. "O seu precioso corpinho só tremerá para mim.", disse Mussolini para a amada.

Além das revelações sexuais do casal, Petacci fazia duras críticas à mulher de Mussolini, Rachele. Seu diário continha quase 2 mil páginas registradas somente no ano de 1938. Segundo estudiosos, escrever era uma espécie de terapia para Clara — que vivia a vida em torno de seu amante e não tinha nenhuma atividade fixa.

O fim

Clara Petacci era mesmo obcecada por Benito Mussolini e não saiu de seu lado mesmo após o declínio de sua liderança política. Para ela, o amor foi levado às últimas consequências, a parceria dos dois durou até o fim de ambos, quando em 28 de abril de 1945, os dois foram fuzilados, em Mezzegra, na Itália.


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