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Matérias / Cápsula do tempo

Congelada no tempo: A bolsa encontrada 62 anos depois em uma escola

Os curiosos pertences de uma estudante de 1957 foram encontrados pelo zelador de uma escola dos EUA em 2019

Ingredi Brunato Publicado em 30/04/2023, às 09h00 - Atualizado em 11/01/2024, às 11h51

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Montagem mostrando onde a bolsa foi achada, e fotografia de sua dona - Divulgação/ Redes Sociais
Montagem mostrando onde a bolsa foi achada, e fotografia de sua dona - Divulgação/ Redes Sociais

No ano de 2019, Chas Pyle, o zelador da North Canton Middle School, uma escola localizada no estado norte-americano de Ohio, nos Estados Unidos, encontrou uma empoeirada bolsa vermelha no espaço entre um armário e a parede. O episódio foi divulgado pela CBS News em 2020. 

Pyle levou o item até a secretaria da instituição de ensino, onde ele e os outros funcionários ficaram surpresos ao descobrir que o objeto havia sido perdido 62 anos antes — ou seja, já estava pegando poeira naquela fresta do móvel desde 1957. 

A dona da bolsa era uma estudante chamada Patti Rumfola, que finalizou o ensino médio naquele colégio ainda em 1960. A North Canton Middle School usou o Facebook para informar o público de sua curiosa descoberta e, com a ajuda de alguns internautas que decidiram investigar a situação, conseguiu posteriormente rastrear a família da ex-aluna para devolver seu item pessoal. 

A carteira /Crédito: Divulgação/ Redes Sociais 

Tragicamente, Rumfola faleceu em 2013, de forma que não pôde ser reunida com sua antiga bolsa de colégio. Em vez disso, foram seus cinco filhos que receberam o objeto perdido, que se tornou uma cápsula do tempo acidental, permitindo que eles dessem uma espiada em como era a vida de sua mãe quando ela ainda era adolescente.  

Conteúdo misterioso 

Dentro do item, estavam artefatos que já não viam a luz do dia desde o fim dos anos 50, tendo sido congelados como eram no momento em que Patti frequentava o ensino médio.

Entre seus pertences, encontraram um cartão de biblioteca cuja validade já havia expirado em 1960, uma ficha para membros do YMCA (que é uma organização sem fins lucrativos de serviços à comunidade de Carolina do Norte) e um documento que atestava sua filiação à Cruz Vermelha Júnior dos EUA, mostrando que a jovem teria estado envolvida em trabalho voluntário. 

Além disso, havia dois tíquetes para jogos escolares, um folheto dizendo as datas das partidas de basebol daquela temporada, outro mostrando as datas dos campeonatos de futebol, um calendário, um batom de cor "Rosa Pastel", blush, régua, pente, caneta, lápis e borracha.

Fotografia mostrando alguns dos itens / Crédito: Divulgação/ Redes Sociais 

Para completar o pequeno tesouro do passado, havia ainda a carteira de Rumfola, uma fotografia decorada com uma mensagem escrita por sua amiga Bonnie, um pacote de chicletes do sabor hortelã-pimenta e cinco moedas — que puderam ser divididas uma para cada um de seus filhos. 

Fotografias de tíquetes e do chiclete / Crédito: Divulgação/ Redes Sociais 

As fotos dos itens, assim como outras que mostravam a norte-americana durante sua juventude, foram compartilhadas pela página da North Canton Middle School com a permissão de sua família. 

Patti Rumfola 

Dada atenção que o caso chamou na internet, a instituição de ensino acabou publicando ainda o obituário da norte-americana a fim de saciar a curiosidade de internautas que queriam saber mais sobre a dona da bolsa. 

Conforme repercutido pela CBS News, Patricia Rumfola Michele nasceu em 1942 e se casou em 1980. Ela permaneceu junto de seu marido, John G. Michele, até a morte dele em 2007. 

Rumfola trabalhou como professora, atuou como figurinista e costureira no Teatro Reitz e ainda foi uma figura ativa em sua comunidade, ajudando a fundar uma guilda de teatro e também um clube de jovens mulheres. Ela faleceu em 2013, aos 71 anos.