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Matérias / Personagem

Conheça 5 fatos sobre Alan Turing, o gênio torturado que inventou a computação

O matemático ajudou os Aliados a vencerem a Segunda Guerra contra os nazistas, mas ainda assim morreu como um criminoso isolado do restante da sociedade

Ingredi Brunato Publicado em 18/11/2020, às 17h52

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Matemático Alan Turing - Getty Images
Matemático Alan Turing - Getty Images

Alan Turing é considerado o pai da computação moderna, contudo, a genialidade não o impediu de ter um fim amargo, e passar várias décadas esquecido pela História. O matemático, detentor de uma inteligência impressionante, trabalhou em um projeto secreto onde decodificou mensagens alemãs e potencialmente mudou os rumos da Segunda Guerra Mundial

Porém, por ser homossexual, o que era considerado um crime de "indecência pesada" na época, sua vida se converteu em pesadelo a despeito de todas as suas contribuições para o Reino Unido.

Pensando nisso, o site Aventuras na História separou 5 fatos sobre esse gênio torturado pelo preconceito de seu tempo.

1. As bases da computação 

Fotografia de Alan Turing durante sua juventude / Crédito: Wikimedia Commons

Com apenas 24 anos de idade Alan Turing já era um matemático brilhante, tendo projetado uma máquina capaz de realizar funções através da tradução de símbolos abstratos em sistemas numéricos, o que é o objetivo de cientistas até hoje no ramo do desenvolvimento da inteligências artificiais

Apenas dois anos depois, se juntou ao serviço de inteligência britânica. Se dedicava a decriptar as mensagens que os nazistas enviavam entre si através de sua famosa máquina Enigma, que trocava sua chave de criptografia todos os dias. 

A célebre criação de Turing, a “bomba eletromecânica”, ou “Bombe”, era a adversária perfeita para a Enigma. Com a construção de mais exemplares, o Reino Unido chegou ao fim da guerra sendo capaz de decodificar 50 mil mensagens por dia - ou uma por minuto. 

2. Em segredo

Réplica da bomba de Turing, exposta no Museu Nacional da Computação, em Bletchley Park / Crédito: Wikimedia Commons

Evidentemente, qualquer emprego que tivesse impacto direto na direção que a guerra tomava era de extrema confidencialidade, de forma que nem mesmo a família de Alan sabia o que ele fazia para ganhar a vida. 

Embora tenha tido uma atuação honrosa na Vitória dos Aliados, foi um herói anônimo por muito tempo, inclusive após a sua morte, o que também foi influenciado por ter tido sua reputação “manchada” com sua homossexualidade. Foi apenas com o lançamento do livro “Alan Turing: The Enigma” em 1983, que Turing teve a chance de ter algum reconhecimento. Foi essa obra, aliás, que inspirou o filme “O Jogo da Imitação”. 

Benedict Cumberbatch interpretando Alan Turing no filme "Jogo da Imitação" / Crédito: Divulgação 

3. Excentricidades 

O matemático também era considerado excêntrico pelos seus colegas e amigos, devido a alguns comportamentos peculiares. Um desses era pedalar para o trabalho usando uma máscara de gás durante a primavera, o que com certeza não era uma cena das mais comuns. O motivo para a atitude era que Alan tinha alergia a pólen. 

Outro comportamento curioso seria o fato de Turing sempre beber chá numa mesma xícara, que parecia ter uma importância especial para ele, a ponto de fazê-lo tomar precauções extras para que ninguém mais tocasse no utensílio. Era com esse objetivo que o matemático prendia a xícara em um tubo de calefação do escritório, o que também com certeza gerava comentários.  

4. Torturado

Em 1952, anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, enquanto Alan trabalhava no Laboratório Nacional de Física do Reino Unido, ele foi condenado por ter tido relações sexuais com outro homem, resultando num processo judicial que virou sua vida de cabeça para baixo.

Turing precisou escolher entre prisão e castração química, e entre as duas opções ruins, ficou com a última. Para piorar tudo, pelo fato de ter então uma ficha criminal, o matemático foi impedido de trabalhar nos projetos do governo em que estivera sua vida toda. 

5. Ele morreu como a Branca de Neve 

Apenas dois anos depois de ser condenado por conta de sua orientação sexual, o pai da computação estava em depressão profunda e com a saúde debilitada. O estigma acoplado ao seu rótulo de homem homossexual fazia com que as pessoas o evitassem, o que apenas o isolava mais.

Assim, Alan Turing decidiu tirar a própria vida aos 41 anos. Usou um método pouco convencional, que simulava a cena em que Branca de Neve morde de uma maçã envenenada, uma história de que seria fã. O veneno que matou um dos maiores matemáticos de todos os tempos foi cianeto, provavelmente injetado na maçã meio comida que foi encontrada ao lado de seu corpo. 

Apenas em 2009 saiu uma petição exigindo o perdão oficial do gênio, com seu nome afinal recebendo o reconhecimento merecido.


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