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Matérias / Crimes

A frieza da Dama de Ferro: quando Margaret Thatcher escapou ilesa de um atentado

Em 12 de outubro de 1984, a então primeira-ministra do Reino Unido escapou de um ataque organizado por grupo separatista

Penélope Coelho Publicado em 18/11/2020, às 16h26 - Atualizado às 16h28

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Retrato oficial de Margaret Thatcher - Wikimedia Commons
Retrato oficial de Margaret Thatcher - Wikimedia Commons

Margaret Thatcher, conhecida como uma figura polêmica da Inglaterra voltou a ser assunto nas redes sociais nos últimos dias, já que foi interpretada pela atriz Gillian Anderson na quarta temporada do seriado The Crown.

Na série que aborda o reinado da rainha Elizabeth II, alguns aspectos da vida de Margaret são comentados, como, o desaparecimento de seu filho Mark Thatcher, em 1982. Contudo, a série não comenta algo marcante que aconteceu com a ex-primeira ministra alguns anos depois: um atentado.

Fotografia de Margaret Thatcher / Crédito: Getty Images 

O plano

Na época, um conflito entre a Irlanda do Norte e a Inglaterra fazia com que uma onda de tensões tomasse conta das nações. O grupo separatista IRA (Exército Republicano Irlandês), tinha como objetivo a independência da Irlanda do Norte, e a Dama de Ferro — como era conhecida — travou uma longa batalha política com o grupo.

Em 12 de outubro de 1984, Thatcher, seu marido, os ministros e membros do partido Conservador, estavam hospedados no Grand Hotel de Brighton, na Inglaterra, para uma conferência de seu partido.

Na ocasião, muitos outros políticos também estavam no local. Às 2h54 da manhã daquele dia, uma bomba explodiu no hotel com um objetivo: assassinar a primeira-ministra do Reino Unido.

O atentado foi orquestrado por um homem chamado Patrick Magee, em um dos quartos do hotel antes da chegada dos participantes da conferência. Assim, ele se hospedou no local com o pseudônimo de Roy Walsh, e plantou a bomba sob o banheiro de seu quarto, cinco andares acima da suíte de Thatcher.

Consequências

Quando o explosivo disparou, a Dama de Ferro e seu marido ainda estavam acordados, e conseguiram escapar ilesos. O mesmo aconteceu com os ministros da política. Contudo, o banheiro do quarto em que a primeira-ministra estava ficou completamente destruído diante do impacto.

Fotografia do estado em que o Grand Hotel de Brighton ficou após a explosão / Crédito: Wikimedia Commons

Apesar de Margaret ter escapado, o atentado deixou quatro pessoas mortas e ao menos 34 feridas. Após se recuperar do susto e trocar de roupa, Thatcher manteve a postura ‘de ferro’ pela qual era conhecida e veio a público para dizer: “Este ataque falhou. Todas as tentativas de destruir a democracia por terrorismo irão falhar”.

No dia seguinte, o IRA assumiu a responsabilidade pelo atentado e mais uma vez reivindicou a independência. Posteriormente, o dispositivo usado pelo grupo separatista chegou até a ser descrito como uma "pequena bomba pelos padrões do IRA", acredita-se que por sorte, a tragédia não foi ainda maior.

Entretanto, as ameaças continuaram: “A Sra. Thatcher agora vai perceber que a Grã-Bretanha não pode ocupar nosso país, torturar nossos prisioneiros, atirar em nosso povo em suas próprias ruas e escapar impune. Hoje não tivemos sorte, mas lembre-se de que só precisamos ter sorte uma vez. Você terá que ter sorte sempre. Dê paz à Irlanda e não haverá mais guerra”, declarou o Exército Republicano Irlandês.

Um ano depois do atentado, após densas investigações sobre o caso, Patrick — o homem responsável por implantar a bomba no hotel — foi preso em 24 de junho de 1985, junto com outros membros de uma das unidades de serviço do IRA.

Para alguns biógrafos que retratam o conflito da época, a força e a frieza de Margaret após a tentativa de assassinato, fez com que sua popularidade crescesse na Inglaterra. A mulher faleceu 29 anos após o ataque, em 8 de abril de 2013, aos 87 anos de idade, após ter sofrido um acidente vascular cerebral.


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