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Matérias / Mundo

Constanze Manziarly, a cozinheira que preparou a última refeição de Hitler

Em cartas descobertas por historiador, a moça contou sobre os hábitos alimentares muito específicos do nazista

Ingredi Brunato Publicado em 02/09/2020, às 09h00

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Hitler durante refeição - Divulgação
Hitler durante refeição - Divulgação

Constanze Manziarly foi a cozinheira particular de Hitler durante seus últimos dois anos de vida, até que ele se suicidou. Ela tinha apenas 23 quando começou, e era especialista em comida vegetariana. Embora parecesse ideal para o cargo, cartas enviadas pela cozinheira para a irmã revelam sua enorme dificuldade em agradar o paladar do ditador. 

O nazista teria descoberto Constanze porque a moça estudava a preparação de alimentos vegetarianos em uma instituição em Berchtesgaden, que acontecia de ficar perto da casa nas montanhas de Hitler. 

Aproveitando a proximidade, quando se mudou para um bunker em Berlim, já perto do fim da Segunda Guerra Mundial, fez a proposta para a jovem ir com ele. Ela seria sua cozinheira particular. 

“Provavelmente não foi diferente daquela cena em O Poderoso Chefão - Hitler provavelmente fez uma oferta que ela não pôde recusar”, comentou Stefan Dietrich, um historiador alemão que recebeu as cartas da irmã da cozinheira, em entrevista ao Daily Mail, jornal britânico, no ano de 2017. O pesquisador também mora na cidade natal de Manziarly, Innsbruck, na Áustria, fato que o ajudou a ter contato com os documentos. 

Os desafios 

Os escritos da cozinheira revelam grande angústia: “Eu não estou exagerando. Encontro dificuldades inimagináveis ​​que não posso relatar”, contou ela em uma das cartas recebidas por sua irmã. A jovem confessa sobre como, apesar de ser seu dever, ela ficava exausta com o “imenso fardo de responsabilidade” que precisava suportar. 

Segundo ela, o líder nazista era muito específico com suas refeições. Entre seus alimentos preferidos encontravam-se, por exemplo, o painço com óleo de linhaça, cogumelos picados como um substituto para a carne, e maçãs raladas de sobremesa.

Manziarly também revelou que o tirano adorava bolos, e tinha grande apetite. “Asso muito todos os dias, muitas vezes por horas, mas à noite tudo sempre acaba”, escreveu ela, explicando também que o horário preferido de Hitler para devorar seus bolos era após o jantar.

Outro episódio relatado foi quando o nazista resolveu dar um presente para a cozinheira, como forma de demonstrar gratidão pelas refeições. Seu item escolhido, no entanto, foram “meias grossas cinzas”. Sobre isso, Manziarly comentou: “O chefe foi falsamente ensinado sobre os gostos da moda feminina".

Últimas horas 

Já era fim da Segunda Guerra Mundial, e começava a ficar cada vez mais claro que os alemães perderiam para a Rússia, de forma que a atmosfera não era das mais leves trabalhando tão próximo de Hitler. Isso porque diante da paranoia e a certeza do fracasso as polêmicas cápsulas de cianeto seriam decisivas. 

Mais tarde, o próprio ditador daria fim a própria vida com uma cápsula, juntamente com sua esposa. Sua última refeição foi macarrão com molho de tomate, preparada, é claro, por Manziarly. No entanto, a cozinheira não foi avisada dos planos do Führer de tirar a própria vida, e fez outro prato para o jantar, sem ter ideia de que naquele momento o líder nazista já estava morto. 

A jovem fugiu do bunker dois dias após a morte do nazista, não sozinha mas dentro de um grupo que incluía o secretário de Hitler, e era liderado pelo oficial de maior patente da Brigada SS. 

Manziarly, contudo, acabou não dando sorte nessa fuga. Ela foi capturada por soldados do Exército Vermelho, segundo contou a secretária do Führer mais tarde. A última vez que a cozinheira foi vista, estaria sendo conduzida para dentro de uma estação subterrânea russa. 


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