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Matérias / Segunda Guerra

A triste história dos cães usados como bombas na Segunda Guerra Mundial

Com explosivos nas costas, os animais eram treinados para se aproximar e destruir tanques inimigos durante o conflito

Pamela Malva Publicado em 23/08/2020, às 10h00 - Atualizado às 13h00

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Fotografia de cachorro caminhando na frente de tanque militar - Divulgação/Coleção de Christian Ankerstjerne
Fotografia de cachorro caminhando na frente de tanque militar - Divulgação/Coleção de Christian Ankerstjerne

Em tempos de guerra, os exércitos com maior poder ganham certa vantagem sobre seus inimigos. Por isso, novas tecnologias são sempre testadas em batalha, já que seu uso, ou a falta dele, pode representar uma vitória gloriosa, ou um fracasso imperdoável.

Dessa forma, com o passar dos anos, os especialistas em ferramentas de guerra começaram a olhar para os animais com outra perspectiva. Eventualmente, os bichos deixaram de ser domésticos e passaram a servir como soldados.

Existem registos de meados de 1.100 a.C. que sugerem, por exemplo, o uso militar de elefantes, para transporte de cargas pesadas. No caso dos cachorros, contudo, o pepel desempenhado pelos animais era bem mais ingrato e perigoso.

Elefantes eliminam os danos de uma bomba na Alemanha, em 1945 / Crédito: Wikimedia Commons

Sobre quatro patas

Durante a Primeira Guerra Mundial — até antes, em batalhas gregas e romanas —, os cães eram usados como patrulhadores. Equipados com máscaras de gás, os bichos eram enviados à frentes de batalha, a fim de farejar as vítimas fatais do conflito.

Ainda mais, o contexto moderno de guerra começou a explorar os cachorros como mensageiros e sentinelas. Além deles, também foram usados pombos, ratos e morcegos, todos com o objetivo de atacar nações e potências inimigas.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, a crueldade contra os animais ficou ainda mais evidente, ao pé da criação do conceito de bombas-vivas. Nessa época, os animais começaram a ser usados como transportadores de explosivos.

Cachorro equipado com máscara de gás durante a Primeira Guerra Mundial / Crédito: Wikimedia Commons

Jaqueta fatal

Mais ágeis e comuns de serem vistos em um campo de batalha, os cães eram os preferidos do exército. No início, então, eles eram treinados pelos soviéticos para camuflar e carregar diversas bombas até o território inimigo.

Dessa forma, os animais passaram a ser chamados de cães anti-tanque, já que caminhavam até os veículos blindados e deixavam as bombas na direção dos militares. Uma vez posicionado, o explosivo era acionado à distância.

Com o passaro do tempo, no entanto, os especialistas em táticas de guerra perceberam a ineficácia do método: os cachorros, às vezes, deixavam as bombas longe demais ou eram percebidos. Com isso, o papel dos animais mudou drasticamente.

Cachorro em frente a memorial para outros cães / Crédito: Wikimedia Commons

Um fim cruel

Sem prestar muita atenção no porte do cão, os soldados soviéticos passaram a treinar seus animais para carregarem os explosivos até o local mais próximo do alvo. Na frente dos tanques, as bombas eram acionadas enquanto ainda estavam acopladas ao cão.

O plano cruel funcionou da forma como os militares esperavam e, por isso, milhares de cachorros foram mortos durante a guerra. Verdadeiros cães-bomba, eles apenas caminhavam até as frentes de batalha e explodiam com um clique.

Tamanho foi o sucesso impiedoso que até o exército dos Estados Unidos começou a treinar seus cães anti-tanque, em meados de 1943. Junto de outras espécies, então, os cachorros representam uma grande porcentagem das vítimas do conflito mundial.


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