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Matérias / Curiosidades

De abelhas robô a conversa com os mortos: 5 tecnologias de Black Mirror que existem

Uma das séries de maior sucesso da Netflix apresenta cenários obscuros de uma sociedade tecnológica. Conheça alguns elementos mostrados na série que já existem no mundo atual

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 19/11/2020, às 17h00 - Atualizado em 25/03/2022, às 08h00

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Cena de um dos episódios de Black Mirror - Divulgação/ Netflix
Cena de um dos episódios de Black Mirror - Divulgação/ Netflix

Criado por Charlie Brooker, Black Mirror é uma das séries de maior sucesso da Netflix. Centrada em temas obscuros de uma sociedade tecnológica — não tão distópica assim —, cada episódio da produção atiça cada vez mais as pessoas a pensarem a respeito das consequências imprevistas de novas tecnologias.  

“Cada episódio tem um elenco diferente, um cenário diferente, até mesmo uma realidade diferente, mas todos se tratam da forma que vivemos agora — e da forma que podemos estar vivendo daqui a 10 minutos se formos desastrados", explica Brooker em entrevista ao The Guardian.  

A premissa, ao mesmo tempo que nos instiga, também nos deixa aflitos e até mesmo com uma pulguinha atrás da orelha ao questionarmos: “Como será viver no mesmo tempo em que as tecnologias de Black Mirror estiverem implantadas na sociedade?”.  

Bom, a resposta para essa pergunta pode estar mais perto do que você imagina, afinal, muitas delas já existem no mundo atual.

Conheça 5 tecnologias de Black Mirror que existem na vida real: 

1. Abelhas robô 

Em Hated in the Nation (Odiados pela Nação), sexto episódio da terceira temporada, uma série de mortes misteriosas ligadas às mídias sociais são levadas às abelhas robô, que são hackeadas e instruídas para matar certas pessoas identificadas por uma hashtag no Twitter. 

Esses isentos voadores robóticos foram inventados para combater um problema de nossa vida real: o desaparecimento de abelhas do nosso cotidiano e seu fundamental papel em nosso ecossistema. Apesar delas ainda existirem, a espécie está em grave risco de extinção.    

Para combater esse problema, nenhum tipo de drone-abelha foi criado exatamente, mas pesquisadores da Universidade de Harvard, desde 2013, desenvolvem os RoboBee, que serão capazes de ajudar na polinização. Atualmente, esses robozinhos de 3 centímetros podem voar e mergulhar na água, mas ainda não são capazes polinizar as plantas.


2. Vans autônomas que entregam pizza 

Em Crocodile (Crocodilo), terceiro episódio da quarta temporada, uma van automática que entrega pizzas acaba atingindo um pedestre por acidente. Como decorrência, a empresa de seguros vai averiguar o ocorrido e descobre uma testemunha que cometeu uma série de crimes. 

Mas a ideia de veículos autônomos vendendo pizzas por aí não é uma loucura. No final de 2018, a Pizza Hut anunciou uma parceria com a Toyota para o desenvolvimento do e-Palette, um veículo automatizado que pode atender as mais diversas necessidades do consumidor.  

Porém, as duas empresas não estão sozinhas nessa, já que suas concorrentes, a Domino’s e a Ford também já firmaram parceria para o uso do Fusion autônomo, que faria a entrega de pizzas. Alguns testes, inclusive, já foram feitos em Michigan e na Flórida. A empresa automotiva espera iniciar a produção de carros com essa tecnologia já no ano que vem, 2021.


3. Sistema de classificação social 

No primeiro episódio da terceira temporada, Nosedive (Queda Livre), a sociedade é baseada no seu status nas redes sociais. Porém, diferente de hoje, todos podem avaliar suas interações com as outras pessoas, tanto pessoalmente ou nas redes sociais, em até 5 estrelas. Quanto maior a nota de uma pessoa, que pode ser visto por todo mundo, mais ela terá acesso a carros luxuosos, ou a condomínios de alto padrão, enfim, a tudo do bom e do melhor.  

Cena de Nosedive / Crédito: Divulgação/ Netflix

Por mais louco que isso seja, algo semelhante está sendo estudado na China. Chamado de “Sistema de Crédito Social”, o programa pretende classificar mais de 1,3 bilhão de chineses baseando-se em seus comportamentos. Entretanto, tudo ainda não passa de um projeto, do qual oito companhias participam. A ideia é que o sistema de pontuação esteja pronto nos próximos anos.  

Para o Conselho de Estado da China, o sistema visa “criar um ambiente na opinião pública em que a confiança será valorizada”. Por lá, pessoas que espalharem notícias falsas, fumarem em ambientes fechados não pagarem multas, entre outras coisas, poderão serem restritas de se candidatarem a certas vagas de emprego, ficarem impedidas de matricularem seus filhos em boas escolas e até mesmo de frequentarem hotéis de luxo.


4. Conversas com pessoas mortas 

Em Be Right Back (Volto Já), episódio de abertura da segunda temporada, uma mulher viúva volta a interagir com seu recém falecido marido através de uma tecnologia inovadora. Baseado no uso do aprendizado por inteligência artificial através das redes sociais da pessoa, seu robô era capaz de agir e falar igual a uma pessoa em questão. 

Cena de Be Right Back / Crédito: Divulgação/ Netflix

A ideia pode até parecer loucura, mas hoje já existe algo parecido. A tecnologia, chamada Legathum, foi criada pelo cearense Deibson Silva. Com um intuito mais puro e gentil, o neuropscicólogo quer mais do só trazer alguém “de volta à vida”.  

"Seria uma prepotência nossa achar que vamos dar a vida eterna ao ser humano", explica. "Mas as nossas memórias, lembranças e conhecimento podem ser eternizados”. Saiba mais sobre o projeto de Deibson Silva em entrevista exclusiva dele ao site Aventuras na História. 


5. Casas inteligentes 

No último episódio da segunda temporada, White Christimas (Natal), somos apresentados a Cookie, um dispositivo que usa a consciência de uma pessoa para controlar uma casa, como se fosse uma Assistente Pessoal.  

Cena de White Christimas / Crédito: Divulgação/ Netflix

Atualmente, não existe nenhuma tecnologia que coloque a consciência de uma pessoa para controlar as coisas, mas já temos disponíveis diversas Assistentes Pessoais que fazem um trabalho muito bom, como é o caso da Alexa, da Amazon. 

Afinal, ela consegue te manter organizado com sua agenda pessoas, com seus e-mails, cuidando automaticamente de elementos da sua casa, como ar-condicionado, a luz, a temperatura dos pisos e até mesmo aquela música que você escuta para relaxar. 


+Saiba mais sobre o tema através das obras abaixo, disponíveis na Amazon:

Decifre e influencie pessoas, de Paulo Vieira e Deibson Silva (2018) - https://amzn.to/31hhUox

Inteligência Artificial, de André Carvalho (2011) - https://amzn.to/3j7eYkr

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