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Matérias / Curiosidades

De Napoleão Bonaparte a Dante Alighieri: 5 máscaras mortuárias impressionantes

Antes vistos como artigos espirituais, esses artefatos se tornaram, na Idade Média, uma forma a mais de preservar a memória dos mortos

Fabio Previdelli Publicado em 15/10/2020, às 16h19

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Máscara Mortuária de Napoleão - Wikimedia Commons
Máscara Mortuária de Napoleão - Wikimedia Commons

As máscaras mortuárias ganharam notoriedade no Egito Antigo, com a mais reconhecível entre elas pertencentes ao rei Tutancâmon. Naquele período, os egípcios acreditavam que esse artefato, ao ser enterrado junto com seus respectivos donos, permitiria ao espírito da pessoa encontrar seu próprio corpo na vida após a morte.  

Já na África, algumas tribos acreditavam que as máscaras mortuárias podiam imbuir o usuário com o poder do falecido. No entanto, na Idade Média, eles se tornaram um artigo muito menos espiritual e passou a ser uma forma a mais de preservar a memória dos mortos.  

Pessoas esculpindo uma máscara mortuária / Crédito: Wikimedia Commons

As máscaras mortuárias foram feitas para uma variedade de pessoas famosas e notáveis figuras, e foram colocadas em exibição em diversos países. Em um tempo antes da fotografia, elas poderiam ser a coisa mais próxima possível da representação de uma pessoa real. 

Conheça 5 impressionantes máscaras mortuárias. 

1. Maria da Escócia 

A Rainha Maria da Escócia sofreu uma morte cruel e controversa. Depois de uma vida marcada pela turbulência política, saltando pela Europa e colecionando uma longa lista de inimigos, Maria pediu asilo de sua prima, a rainha Elizabeth I.  

Mas, ao invés disso, se tornou prisioneira por 19 anos no país que quase governou. Quando chegou a hora de sua execução, perguntou se poderia colocar seus negócios em ordem e escutou: “Não, não, senhora, você deve morrer, deve morrer! Esteja pronta entre sete e oito da manhã. Não pode ser adiado um momento além desse tempo”.  

Máscara Mortuária de Maria da Escócia / Crédito: Divulgação/ YouTube/ NationalMuseumsScotland

Dado o horário estabelecido, sua cabeça foi posta em um bloco de concreto, sendo que seu carrasco precisou de três sangrentas tentativas antes que sua decapitação fosse concluída. Então, ele ergueu a cabeça da rainha e exclamou: “Deus salve a Rainha Elizabeth! Que todos os inimigos do verdadeiro Evangelho assim morram!”.


2. Napoleão Bonaparte

Em seu exílio final, Napoleão desfrutou de seu estilo de vida tranquilo do dia a dia, mas logo se tornou cansativo, assim como com sua saúde. Em 1817, o líder político começou a mostrar sinais de úlcera de estômago e, embora possa ter suspeitado — erroneamente — que tenha sido envenenado, a origem de seu ataque fatal foi um câncer de estômago. "Eu morro antes do meu tempo, morto pela oligarquia inglesa e seus assassinos contratados", disse em seu leito de morte.  

Máscara Mortuária de Napoleão / Crédito: Wikimedia Commons

Em junho de 2013, uma das duas únicas máscaras mortuárias conhecidas de Napoleão Bonaparte foi vendida em leilão na Bonhams 'Book, Map and Manuscript sale, em Londres, por aproximadamente 169.250 euros (algo em torno de 1 milhão e 100 mil reais).


3. William Blake

Embora a morte de Napoleão tenha sido controversa e ganhado ares de mistério, anos depois a razão dela foi realmente foi esclarecida. Porém, o óbito de William Blake permanece desconhecido até hoje.  

Embora seja afirmado que ele morreu de uma doença, não se sabe exatamente qual era a enfermidade. O próprio Blake exclamou que sofria "daquela doença para a qual não há nome". Antes de sua morte, a vida do poeta estava em uma espiral descendente.  

Mascará mortuária de William Blake / Crédito: Wikimedia Commons

Seus trabalhos posteriores receberam críticas altamente negativas, e o próprio Blake já foi referido como "um lunático infeliz". Talvez como uma visão de sua própria máscara mortuária por vir, em 1819, William Blake começou uma série de esboços onde projetava sua própria cabeça.


4. Michael Collins 

A vida de Michael Collins foi marcada pela violência. Ele foi um dos principais líderes na luta da Irlanda pela independência e, posteriormente, na Guerra Civil Irlandesa. Seus momentos finais também não foram muito diferentes. Collins morreu no fogo cruzado de uma emboscada do IRA (Exército Republicano Irlandês) em uma encruzilhada na vila irlandesa de Béal na Bláth. A identidade de seu assassino permanece desconhecida. 

Máscara mortuária de Michael Collins / Crédito: Library of Ireland

Ao ouvir a notícia de sua morte, o principal rival de Collins no IRA, Eamon De Valera, disse: "É minha opinião ponderada que, na plenitude do tempo, a história registrará a grandeza de Michael Collins, e isso será registrado às minhas custas”.


5. Dante Alighieri 

Como a maioria das figuras históricas que resistiram ao sistema, o exílio parecia ser o principal destino de Dante Alighieri (sem contar uma suposta execução, é claro). Dante — cuja máscara mortuária pode não ser genuína, segundo o Biography — serviu um longo período de exílio antes de sua morte.  

Máscara mortuária de Dante Alighieri / Crédito: Wikimedia Common

Em meio à turbulência política de Florença, no início de 1300, Dante caiu em desgraça com a facção política governante. Posteriormente, foi exilado e nessa época que escreveu sua obra mais famosa: A Divina Comédia. E felizmente foi capaz de completar o Paraíso, a última parte do poema épico de quase 15.000 versos, antes de contrair malária e morrer em 1320.


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