Elon Musk, dono do X, promoveu ataques contra o ministro Alexandre de Moraes no último final de semana; entenda a discussão
Os nomes Elon Musk e Alexandre de Moraes foram alguns dos mais comentados entre internautas no último domingo, 8, por internautas. Através do X, o antigo Twitter, o homem mais rico do mundo iniciou uma série de ataques contra o ministro.
O dono do X se manifestou contra Moraes através de sua conta oficial na rede social. Em uma publicação, que viralizou entre internautas, Musk ameaçou não seguir com o cumprimento das decisões judiciais que envolvem suspensões de determinadas contas no X. Na visão do empresário, se trata de censura.
"Estamos levantando todas as restrições", publicou Elon na plataforma. "Esse juiz [ Alexandre de Moraes] aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes que o lucro".
No entanto, as contas foram banidas por informações criminosas, que envolvem, por exemplo, notícias falsas sobre o processo eleitoral brasileiro e os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Ao comentar uma antiga publicação de Moraes, o dono da Tesla questionou por que ele "exige tanta censura no Brasil".
Após os ataques, Moraes determinou, no domingo, 7, que Elon Musk seja investigado no inquérito que investiga supostas milícias digitais. Além disso, foi iniciado um inquérito para apurar se o bilionário cometeu crimes como obstrução à justiça, incitação ao crime e organização criminosa.
"AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI! AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA DE NINGUÉM!", relembrou Moraes na decisão.
Ao mesmo tempo, Alexandre também determinou uma multa diária de R$ 100 mil para cada perfil que volte ao ar. Também é possível que os responsáveis legais no Brasil respondam em caso de descumprimento.
Com os desdobramentos, Elon Musk sugeriu que os brasileiros façam uso de um recurso conhecido como VPN (rede privada virtual). Isso porque ele teme que o X seja retirado do ar no Brasil. Com o recurso, internautas conseguiriam burlar a determinação judicial e utilizar a rede social.
"Para garantir que você ainda possa acessar a plataforma X, baixe um aplicativo de rede privada virtual (VPN)", publicou Elon Musk.
Entre as contas bloqueadas pelo X, estão: Luciano Hang, Allan dos Santos, Daniel Silveira, Monark e Oswaldo Eustáquio.
Após a série de publicações de Elon Musk, Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, chamou a atenção para a regulamentação das redes sociais no Brasil.
"É urgente regulamentar as redes sociais. Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. A Paz Social é inegociável", publicou ele, sem citar o bilionário.
