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Matérias / Segunda Guerra

A equipe de mergulhadores que desvendou um dos maiores mistérios da Segunda Guerra Mundial

Naufragado e desaparecido desde 1945, o USS Eagle 56 foi encontrado por um grupo de amadores após quatro anos de procura

Pamela Malva Publicado em 18/02/2020, às 15h00 - Atualizado às 15h28

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Navio do mesmo modelo do USS Eagle 56 - Wikimedia Commons
Navio do mesmo modelo do USS Eagle 56 - Wikimedia Commons

Construído durante a Primeira Guerra Mundial, o USS Eagle 56 se tornou um dos maiores mistérios da Segunda Guerra, após naufragar em abril de 1945. A Alemanha Nazista se renderia em duas semanas.

Os 62 tripulantes do pequeno barco americano estavam prontos para voltar para casa quando a embarcação explodiu, a cinco milhas da costa do Maine. Apenas 13 pessoas sobreviveram. Inicialmente, a culpa foi colocada na sala das caldeiras.

Em 2001, a tragédia foi revisitada e o naufrágio foi caracterizado como um ato deliberado de guerra, realizado pelo submarino alemão U-853. Mesmo tendo afundado tão perto de casa, os esforços para encontrar os destroços do Eagle 56 passaram longe de um sucesso.

Até que, anos mais tarde, um grupo de mergulhadores amadores decidiu procurar pelo pequeno navio, em 2014. Apaixonados por mergulho e entusiastas da história da embarcação, Ryan King, Danny Allan e Jeff Goodreau não perderam tempo.

A busca só acabou quando a Equipe de Exploração Nomad, que foi crescendo com o passar dos anos, localizou o Eagle 56, em junho de 2018. Com uma visibilidade restrita, graças à profundidade do oceano, eles foram capazes de identificar o pequeno navio.

A equipe de mergulhadores em alto mar / Crédito: Smithsonian Channel

Ao Insider, Goodreau classificou o Eagle 56, que ficou desaparecido por 73 anos, como “o grande fantasma da Nova Inglaterra”. Segundo o mergulhador, o fundo do mar naquela região era lotado de montanhas rochosas e desfiladeiros, o que dificultou a procura.

Mais difícil ainda foi quando perceberam que seus equipamentos magnéticos não estavam funcionando. Isso porque, de acordo com Goodreau, “as rochas do Maine não são apenas grandes, estão cheias de ferro”.

Mesmo com todas as adversidades, a equipe conseguiu determinar a localização dos destroços e encontraram o Eagle 56 em uma vala. Além disso, durante suas pesquisas, conheceram os parentes dos membros da tripulação presentes no dia do naufrágio.

Ainda em entrevista, Goodreau lamentou a morte os tripulantes, incluindo os 13 sobreviventes — que morreram anos mais tarde. “Alguns dos sobreviventes eram engenheiros”, disse. “Alguns foram para seus túmulos sentindo que as pessoas os culpavam pela explosão”.

Hoje, depois da incrível descoberta, a equipe de mergulho tem um novo objetivo: encontrar o torpedo que afundou o Eagle 56. Para isso, continuarão mergulhando nas áreas ao redor de onde o navio foi encontrado.


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