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Matérias / 'I Can Only Imagine'

'I Can Only Imagine': Veja a história real por trás do filme em destaque na Netflix

'I Can Only Imagine', que está no catálogo da Netflix, conta a trajetória de um artista cristão com problemas com o pai; confira a história real!

Isabelly de Lima Publicado em 17/04/2024, às 20h31 - Atualizado em 23/04/2024, às 19h07

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Filme retrata a vida de um músico cristão - Divulgação / Lionsgate Films
Filme retrata a vida de um músico cristão - Divulgação / Lionsgate Films

Bart Millard, um roqueiro cristão, nunca imaginou que sua história de vida seria utilizada como plano de fundo para um filme famoso e, hoje, presente no catálogo da plataforma de streaming Netflix.

"I Can Only Imagine", filme baseado na música de mesmo nome do cantor, relata a história verdadeira do relacionamento complicado entre Millard (interpretado por J. Michael Finley) e seu pai abusivo, vivido por Dennis Quaid no filme.

Adaptada em 2018, a história em questão arrecadou um valor milionário quando estreou nos cinemas e sua popularidade chama atenção ainda hoje.

Cena do filme 'I Can Only Imagine' - Divulgação / Lionsgate Films

A canção de Bart com sua banda, intitulada MercyMe, se tornou um sucesso há mais de 25 anos. No entanto, qual é a verdadeira história do protagonista? O longa é fiel à realidade? Confira a seguir:

Transformação completa

A vida do cantor mudou repentinamente aos 3 anos, quando seus pais se divorciaram. Após sua mãe ter casado novamente e se mudado poucos anos depois, a família decidiu que ele e o irmão ficariam melhor com o pai, Arthur.

“Acho que ninguém percebeu o quão abusivo ele se tornaria”, disse Millard em uma entrevista à People. “Acabei vivendo com medo durante a maior parte da minha infância”.

Arthur não tinha problemas com bebida alcoólica e nem mesmo com drogas, mas tinha um temperamento explosivo, em que sempre descontava suas frustrações nos filhos.

Millard já chegou a dizer que se sentia “o saco de pancadas” do pai. Outro momento difícil surgiu quando o patriarca da família foi diagnosticado com câncer. Na época, Bart estava no primeiro ano do ensino médio.

Arthur e Bart Millard - Arquivo pessoal

O diagnóstico acabou os aproximando e fez Millard reparar diversas mudanças comportamentais do pai depois que encontrou a religião. “Consegui um lugar na primeira fila para ver esse cara deixar de ser um monstro e se apaixonar desesperadamente por Jesus”, disse ele.

Quando ele faleceu, quando eu era calouro na faculdade, ele não era apenas meu melhor amigo, ele era o homem mais divino que já conheci. E isso literalmente mudou a trajetória da minha vida”, relatou Millard.

A própria fé

A descoberta de sua própria fé ocorreu depois da transformação que Arthur sofrera: “Sempre gostei de música, mas agora estou no ministério porque nunca tinha visto uma pessoa mudar assim antes, e raramente vi isso desde então. Acho que cresci pensando que se o Evangelho pudesse mudar aquele cara, isso poderia mudar qualquer um. Não havia como negar".

Millard se tornou um tipo de “enfermeiro” para o pai durante os anos do tratamento. Enquanto o filho administrava os remédios, ambos conversavam todas as noites, o que foi a virada de chave na relação entre pai e filho.

A única vez que fiquei bravo com Deus não foi durante o abuso, mas quando ele morreu”, acrescenta Millard. “Finalmente consegui o pai que sempre quis e, então, ele foi embora. Aos 18, 19 anos, fiquei muito chateado e tive que superar isso”, revelou.

Criação da música

Foi durante o funeral do pai que a avó de Bart fez o seguinte comentário: “Ela disse: ‘Só posso imaginar o que seu pai está vendo agora’, e fiquei obcecado por essa frase”. Durante muitos anos, Millard escreveu em todos os lugares que pudesse a frase “só posso imaginar.

Quando gravou o primeiro álbum do grupo MercyMe, precisou compor múltiplas canções. Ao procurar por inspirações em seus diários, sempre se deparava com a frase da avó, e logo começou a enxergar isso como um sinal, ainda segundo a People.

“Então eu escrevi a música, que era incrivelmente pessoal e especial para mim, mas não tinha ideia do impacto que ela teria”, disse ele. “Não me importei com o que as outras pessoas pensariam quando o escrevi — foi quase como uma terapia para mim”.

"I Can Only Imagine" se tornou um grande sucesso nas rádios religiosas, mas foi somente quando a banda começou a promover seu segundo álbum que a música entrou para o Top 40 das estações dos EUA.

Transição para a telona

O filme demorou quase 8 anos para ser feito e o músico confessa que, no início, ficou nervoso por exibir sua história que, segundo ele, tentou “enterrar” durante a maior parte da vida.

Entretanto, o tempo demorado que a produção levou para ser finalizada o encorajou — ou, ao menos, deu tempo para ele se preparar psicologicamente.