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Matérias / Michael Jackson

Há 29 anos, roubo de ingressos de show de Michael Jackson chocava São Paulo

Em assalto armado, a situação pôde ser rapidamente resolvida com tecnologia inédita trazida pela organização do show internacional

Wallacy Ferrari Publicado em 20/10/2022, às 17h33 - Atualizado em 23/10/2022, às 21h00

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Montagem de Michael Jackson no palco com recorte de jornal anunciando roubo - Getty Images / Reprodução / Folha de S. Paulo
Montagem de Michael Jackson no palco com recorte de jornal anunciando roubo - Getty Images / Reprodução / Folha de S. Paulo

Em outubro de 1993,Michael Jackson desembarcava no Brasil em sua primeira vez em terras tupiniquins. Duas décadas antes, ele se apresentava junto dos irmãos como Jackson 5, e agora, já consolidado mundialmente como Rei do Pop, trazia a turnê mundial do disco 'Dangerous' para a América do Sul.

Com o auxílio da produtora DC-Set, uma mega operação para abrigar a gigantesca estrutura das duas datas de apresentação, previstas para 15 e 17 daquele mês, iniciava dias antes da chegada do músico, com o recebimento dos equipamentos em dois aviões gigantes Antonov An-124, totalizando 400 toneladas de itens.

Michael, por sua vez, chegava no Brasil no dia 13 daquele mês, data que marcou outro episódio envolvendo seu show no país, mas dessa vez, angariando policiais e até mesmo a organização do show por um incidente perigoso.

Poster anunciava apresentação de Michael Jackson no Brasil / Crédito: Divulgação / Redes sociais

Na época, uma operação logística possibilitou que os ingressos fossem vendidos em unidades da loja de roupas, além da própria bilheteria do estádio. Contudo, a unidade do shopping West Plaza, no bairro da Lapa, acabou sendo alvo de criminosos fortemente armados, como relatou a Folha de S. Paulo na época.

Roubo aos ingressos

Descarregando os ingressos na unidade, dois homens interceptaram o carregamento de 4 mil ingressos e os levaram. Com o valor mais baixo, atribuído as arquibancadas, em 2,2 mil cruzeiros, o prejuízo ultrapassava uma quantia milionária na moeda da época, sendo registrado pela produtora no 23º. Distrito Policial, em Perdizes.

A solução, no entanto, surpreendeu a autoridades ao sequer haver a necessidade de barrar cambistas; em tecnologia inédita trazida pela organização do show ao Brasil, os ingressos da apresentação continham chips, lidos através de uma tarja eletrônica, que validavam a entrada dos pagantes pela catraca.

Dessa forma, o sistema informatizado pôde invalidar todos os ingressos roubados através do número do lote, impossibilitando ingressos ilegais de entrarem no estádio Cícero Pompeu de Toledo, popularmente conhecido por abrigar o São Paulo Futebol Clube como estádio do Morumbi.

Além disso, o responsável pelo controle dos ingressos para apresentação na época, entrevistado pela Folha, era Leonardo Amaral, que apesar do susto que resultou na rendição de uma funcionária da produtora junto com dois seguranças, garantiu que a quantia era coberta por um seguro contra roubos.