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Matérias / Entretenimento

Há 40 anos, Silvio Santos inaugurava o SBT

Entrando no ar em 19 de agosto de 1981, o contrato de concessão da emissora foi assinado ao vivo

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 19/08/2021, às 16h29

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Silvio assinando concessão do SBT - Divulgação / SBT
Silvio assinando concessão do SBT - Divulgação / SBT

No início da década de 1980, duas concessões de televisão estavam vagas após passagens conturbadas; enfrentando problemas financeiros e incomodando o governo militar — tanto pela gestão, quanto por posicionamentos —, a Rede Tupi e a TV Excelsior eram extintas em um espaço de uma década após terem as concessões caçadas.

Dessa maneira, o Ministério das Comunicações buscava repor as vagas com novas emissoras nacionais, dando a oportunidade de decentralizar as emissoras e concedendo à Editora Bloch, do Rio de Janeiro, uma das vagas para instaurar a Rede Manchete.

Por outro lado, Silvio Santos, que havia comprado os equipamentos da também extinta TV Continental, já havia instalado a TVS Rio no estado fluminense.

Logo, a oportunidade de transformar o canal em rede, centralizando sua sede em São Paulo, seria perfeita para obter uma nova concessão.

Dessa maneira, Abravanel propôs e, em março de 1981, teve a autorização confirmada pelo Governo Federal. Nascia o Sistema Brasileiro de Televisão, de sigla SBT, como revelou a própria emissora.

Inauguração inédita

Diferente de outras emissoras brasileiras, que agendaram seus inícios com anúncios em jornais e revistas, o SBT entrou pela primeira vez no ar com uma prática curiosa.

Em 19 de agosto de 1981, a transmissão se iniciava diretamente do Salão Nobre das Comunicações, contando com uma mesa extensa conduzida por Silvio e membros do Governo.

No programa inaugural, os oficiais e o comunicador assinam o contrato que garante a concessão do canal. Em minutos, a papelada passou pela mão dos presentes e confirmava o início da rede.

Em discurso, Silvio agradeceu o público e afirmou que o contrato foi assinado “pela vontade de Deus e do povo”, assumindo a responsabilidade de honrar com os pedidos do Governo em relação a emissora herdada — inclusive, contratando funcionários que ficaram sem empregos com as cassações anteriores, como informou a Folha na época.

Eu serei muito mais colega e muito menos patrão. Eu não poderia agir de outra forma. Eu conheço as suas dificuldades, eu conheço seus ideais, eu sei da vontade que todos tem de trabalhar nessa profissão que é apaixonante. [...] Não vou decepcionar aqueles que me incentivaram, ajudaram e me apoiaram”, enalteceu o apresentador.
Manchete anuncia confirmação do contrato / Crédito: Divulgação / Folha de S. Paulo

No coração dos brasileiros

A programação inicial da emissora aproveitou para importar os programas da filial carioca, que já funcionava como TVS há seis anos, nas quatro emissoras que compunham a rede do SBT, dando destaque ao Programa Silvio Santos, que chegava a ocupar 10 horas da grade durante os domingos, além do diário "O Povo na TV", comandado por diversos apresentadores diariamente nas tardes da emissora como um serviço público de cobrança às autoridades.

Logo na estreia, o objetivo de Silvio era consolidar a emissora, força que alcançou ainda no final da década com sucessos em séries, desenhos e dominância de Gugu Liberatonas noites de sábado, protagonizando a primeira disputa de emissoras por um artista televisivo criado no SBT.

Completando sua quarta década, a emissora de Abravanel não apenas mantém sua hierarquia familiar na direção da emissora, mas se consolida como vice-líder e edifica a história da televisão brasileira.


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