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Matérias / Alemanha Nazista

Ha 78 anos, Hitler declarava perseguição e morte aos judeus

Uma das principais bases do que seria a Solução Final, a reunião na Chancelaria do Reich moldou a política do Holocausto no fim da Guerra

André Nogueira Publicado em 12/12/2019, às 07h00

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Hitler conversa com Himmler, Keitel e Goering - Getty Images
Hitler conversa com Himmler, Keitel e Goering - Getty Images

O antissemitismo foi a característica principal do projeto Nazista, e Hitler, desde Weimar, pregava o extermínio do grupo por considerá-los inferiores. No entanto, o sistema do Holocausto teve mutações durante a trajetória política do Reich, passando pelo momento de deportação dos alemães de origem judaica, a criação dos guetos, o transporte massivo de populações para os campos de concentração e de trabalho até que, em plena guerra, foi anunciada a Solução Final.

O projeto, associado a nomes como Himmler, Heydrich e e Eichmann, foi proposto em 1942, como forma de aniquilação total dos judeus antes do fim da guerra, em busca “limpeza” do Espaço Vital alemão. No entanto, antes da proposta oficial ocorrida na Conferência de Wannsee, a determinação para o extermínio completo já havia sido colocada na Chancelaria do Führer, em 12 de dezembro de 1941.

Julho de 1941: Göring autoriza Heydrich a desenvolver projeto da Solução Final / Crédito: Getty Images

Ainda em novembro, Reinhard Heydrich convocou a cúpula central do Partido Nazista para a conferência, marcada para início de dezembro, mas que ocorreu plenamente no início do ano seguinte. Isso porque entre as datas, uma série de complicações ocorreu na Guerra. Naquele momento, porém, a proposta da Solução Final já havia sido colocada por Göring.

Em 1941, dois fatores obrigaram os nazistas a adiar a reunião: no Leste, o Exército Vermelho cantava vitória com o contra-ataque ocorrido em Moscou. No oeste, apareciam os EUA, a quem a Alemanha declarou guerra após o início do conflito com o Japão.

Execução de judeus poloneses na Floresta de Piaśnica, fotografada pelo soldado da SS Waldemar Engler / Crédito: Wikimedia Commons

Diante do cenário apocalíptico da guerra de dois fronts, que se complexificava num momento em que se achava que a vitória do Eixo era eminente, Hitler tomou uma decisão: como o fim da guerra não era um horizonte próximo, o plano de aniquilação massiva que extinguiria os judeus da Europa deveria ocorrer durante o conflito. O Holocausto deveria ser eminente e imediato.

A afirmação foi constatada naquele 12 de dezembro, quando o tirano se reuniu com os membros da cúpula central do Reich na Chancelaria e falou sobre o novo plano. Parte do complexo industrial alemão deveria ser destinada ao assassinato da “raça impura” que ameaçava os arianos. O plano mirabolante e racista de Hitler lhe custou à vitória.


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