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Matérias / Jeffrey Dahmer

Nove meses antes da morte, Jeffrey Dahmer falou sobre satisfação sexual, controle e zumbis vivos

Nove meses antes de ser assassinado, Jeffrey Dahmer relembrou as perturbadoras mortes causadas

Redação Publicado em 04/10/2022, às 17h41

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Dahmer durante a entrevista - Reprodução/Vídeo/Youtube
Dahmer durante a entrevista - Reprodução/Vídeo/Youtube

Em março de 1994, Jeffrey Dahmer deu uma reveladora entrevista, que marcou uma das últimas vezes em que o serial killer falou abertamente sobre os seus crimes, antes de ser morto na prisão enquanto cumpria pena. Especificamente, em 24 de novembro de 1994. 

Os crimes cruéis de Dahmer têm chamado atenção após o lançamento da série '"Dahmer: Um Canibal Americano", da Netflix. Com Evan Peters no papel principal, a série mostra não só a mente perturbada de Jeffrey Dahmer, homem que matou 17 homens jovens, mas também como conseguiu escapar da justiça por tanto tempo. 

A entrevista aqui citada, inclusive, foi usada por Peters durante a preparação para viver o canibal na série. A conversa foi promovida pela NBC, no mês de março de 1994, e tem o título "Confessions of a Serial Killer" ("Confissões de um Serial Killer").

Divulgação / Netflix

Além de Dahmer, o jornalista Stone Phillips também contou com a presença de Lionel e Joyce, pais do criminoso, na prisão de segurança máxima de Columbia, onde cumpria a pena. 

Ao lado do pai, o canibal disse que o 'pesadelo se tornou realidade' no momento em que fez a primeira vítima, no ano de 1978. Os crimes voltaram a acontecer nove anos depois, em 1987. 

Luxúria

Durante a entrevista, Dahmer citou a vontade de ter controle total sobre uma pessoa. O que classificou como grande parte de sua motivação para os crimes, que resultaram na morte de 17 homens, que tinham entre 14 e 32 anos. 

"Havia uma grande questão de querer controle total sobre alguém, controle total de não precisar considerar suas vontades, de poder mantê-los comigo pelo tempo que eu quisesse. Essa era uma grande parte [da motivação]. Luxúria era uma grande parte disso. Controle e luxúria. Depois que aconteceu pela primeira vez, pareceu ter tomado controle da minha vida. Era algo que dominava meus pensamentos", disse Dahmer.

Zumbis vivos

O canibal que virou série da Netflix também disse que os assassinatos eram a parte 'menos satisfatória', citando a tentativa de criar 'zumbis vivos'. Neste caso, Jeffreypassou a tentar manter as vítimas vivas em estado 'zumbi' ao injetar ácido em seus cérebros. 

"Os assassinatos eram só meios para um fim, a parte menos satisfatória de tudo. Eu não gostava de matar. Por isso tentei criar zumbis vivos com ácido úrico e a furadeira", explicou ele.

Ele explicou que: "Matar não era o objetivo. Eu só queria ter a pessoa sob meu controle e fazer o que eu quisesse. Não é fácil dizer isso, mas era essa minha intenção".

Em outro ponto da conversa, Dahmer falou sobre os casos de canibalismo com parte das vítimas. Para ele, o ato de comer a carne dos homens fez com que se sentisse que 'fossem parte permanente' dele. Claro, ele também citou outros fatores: "Além da mera curiosidade de saber como era, [...] eu sentia uma satisfação sexual em fazer isso". 

Reprodução/Vídeo/Youtube

Canibalismo

Ele também contou que o canibalismo fazia com que ele sentisse como se as vítimas "fossem parte permanente" dele. "Além da mera curiosidade de saber como era, [...] eu sentia uma satisfação sexual em fazer isso", disse.

Como mostra a série da Netflix - com a licença poética - em determinado momento, Lionel indagou Jeffrey a respeito de uma caixa de metal que estava em seu quarto. De cara, ele reclamou sobre a falta de privacidade e disse que a caixa continha revistas adultas. 

Em seguida, afirmou que a caixa só seria aberta no dia seguinte, assim, poderia jogar o material pornográfico no lixo. Todavia, a desconfiança do pai fazia sentido. Afinal, o objeto contava não só com a cabeça, mas também os órgãos genitais de uma vítima do canibal. 

Para despistar o pai, o criminoso levou os restos para o seu local de trabalho, guardou em um armário e, na caixa que contava com o conteúdo perturbador, inseriu revistas pornográficas. 

Durante a entrevista, o pai de Dahmer disse que não saberia o que faria caso encontrasse os restos mortais no objeto. Ele só descobriu a verdade durante o julgamento do filho.

"Eu não consigo imaginar o que eu faria se encontrasse aquilo, porque eu provavelmente iria reagir como reajo sempre, em choque e paralisado", destacou Lionel. "Eu provavelmente acharia que era algo artificial, algo oculto ou decorativo, mas não humano".

Vítimas 

O pai também falou sobre a reação do filho quando questionado sobre o que ele teria feito caso a descoberta ocorresse anteriormente. 

"Eu imagino que suspeitaria do que era de verdade. E aí eu não sei o que aconteceria. Acho que eu ficaria louco. Eu não sei o que eu faria. Eu perguntei para Jeff: 'O que você faria se eu encontrasse aquilo?', e ele só respondeu que aquilo seria o fim da linha para ele. Que ele teria sido descoberto".

A entrevista também marcou a fala de Dahmer a respeito da dor e sofrimento que causou para os familiares das vítimas. 

"Estou feliz que acabou. [...] Quaisquer palavras que eu disser para as famílias das vítimas vão parecer banais e vazias. Eu não sei como expressar o arrependimento, o sofrimento que eu sinto pelo que fiz com seus filhos. Eu não consigo encontrar as palavras certas", disse o assassino.