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Matérias / Charles Cullen

‘O Enfermeiro da Noite’: Confira entrevista de serial killer que inspirou filme

Em 2013, Charles Cullen deu entrevista sobre os crimes cometidos, que inspiraram o filme 'O Enfermeiro da Noite'; confira!

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 30/10/2022, às 00h00

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Charles Cullen, enfermeiro serial killer que inspirou 'O Enfermeiro da Noite', novo filme de terror da Netflix - Getty Images
Charles Cullen, enfermeiro serial killer que inspirou 'O Enfermeiro da Noite', novo filme de terror da Netflix - Getty Images

Charles Cullen foi um assassino em série que assombrou em Nova Jersey e Pensilvânia de 1988 a 2003, quando ele foi finalmente preso. A história macabra em torno do enfermeiro é tão chocante que recentemente inspirou o filme de terror 'O Enfermeiro da Noite', que atualmente está entre os 10 mais assistidos da Netflix.

Cullen foi preso somente em 2003, depois de cerca de 30 assassinatos confirmados — ele alega terem sido 40, mas as autoridades suspeitam de até 400 vítimas, como informado pelo portal Newsweek.

O serial killer foi condenado, em 2006, a cumprir 11 penas de prisão perpétua. Atualmente, segue encarcerado na Prisão Estadual de Nova Jersey, em Trenton, e possui 62 anos.

Charles Cullen, enfermeiro serial killer que foi preso em 2003 e inspirou 'O Enfermeiro da Noite'
Charles Cullen, enfermeiro serial killer que foi preso em 2003 e inspirou 'O Enfermeiro da Noite' / Crédito: Getty Images

Entrevista

Em 2013, Charles Cullen fez uma participação no '60 Minutes', um programa jornalístico estadunidense, e foi a primeira aparição do assassino em série publicamente desde sua prisão, falando sobre os crimes cometidos. O programa estava investigando o assassino em um segmento intitulado "Anjo da Morte".

Cullen começou a matar pacientes em 1988, quando começou a trabalhar no Saint Barnabas Medical Center, em Nova Jersey, onde injetava bolsas intravenosas com overdoses fatais de drogas como insulina e digoxina. Apesar disso, durante a entrevista, o assassino admitiu que não conseguiu se ver como um serial killer no passado, mas que desde então "aceitou".

Eu trabalhei em uma unidade de queimados, então havia muita dor, muito sofrimento e não lidei com isso tão bem quanto pensei que faria", disse Charles Cullen ao '60 Minutes'. "É difícil para mim voltar no tempo e pensar sobre as coisas que estavam passando pela minha cabeça na época."
Charles Cullen durante seu julgamento
Charles Cullen durante seu julgamento / Crédito: Getty Images

Além disso, quando questionado se sentiu prazer ou satisfação com os assassinatos realizados, Cullen acrescentou: "Não, quero dizer, pensei que as pessoas não estavam mais sofrendo, então, de certa forma, pensei que estava ajudando".

"Eu não posso... meu objetivo aqui não é justificar, o que eu fiz não tem justificativa. Eu só acho que a única coisa que posso dizer é que me senti sobrecarregado na época", refletiu o assassino, sobre ter matado aqueles que não estavam perto da morte.

"Como eu disse que não posso, foi mais ou menos que eu senti que precisava fazer alguma coisa e fiz, e isso não é uma resposta para nada", continuou.

Amy Loughren

A prisão de Charles Cullen só foi possível graças a ação das autoridades locais com o auxílio de Amy Loughren, uma enfermeira que trabalhava junto ao assassino e ajudou a descobrir que ele era o responsável pelas mortes nos hospitais.

Em entrevista recente à Newsweek, ela disse que queria que os telespectadores de 'O Enfermeiro da Noite' entendessem, principalmente, que Cullen não pode ser considerado um "assassino misericordioso", como pareceu sugerir nas falas de 2013.

A verdadeira Amy Loughren, em exibição de 'O Enfermeiro da Noite' no 66th BFI London Film Festival
A verdadeira Amy Loughren, em exibição de 'O Enfermeiro da Noite' no 66th BFI London Film Festival / Crédito: Getty Images

Acho que Charles Cullen foi pintado para ser um assassino misericordioso, e não havia nada de misericordioso no que ele fez", disse Loughren no BFI London Film Festival, onde ocorreu exibição de 'O Enfermeiro da Noite' neste mês de outubro.

"Quando esterilizamos uma vítima e fazemos isso 'oh, bem, ele só deu um remédio e depois eles foram dormir', não foi isso que aconteceu. Então eu quero que as pessoas saibam que essas famílias merecem ter seu dia, para dizer que eles importavam. Eles importavam", acrescentou a mulher.