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Matérias / Personagem

O homem que recebe dinheiro para confessar a intimidade do falecido no momento final

O confessor australiano cobra caro, mas faz acordos com pessoas próximas da morte para tirar tudo a limpo com familiares

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/08/2021, às 09h00

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Imagem meramente ilustrativa - Imagem de Johana Peña por Pixabay
Imagem meramente ilustrativa - Imagem de Johana Peña por Pixabay

Deixar o plano carnal pode ser tratado com dificuldade por pessoas que preveem o óbito, principalmente ao compreender o encerramento de um ciclo longe dos amigos e familiares, das atividades cotidianas e dos objetivos não concluídos — porém, os principais episódios da vida podem ser resolvidos antes da partida.

Parte destes segredos e passagens, por vergonha ou medo, podem nunca ser esclarecidos caso o falecido não fale aos companheiros o que motivou ou testemunhou. Pensando nisso, Bill Edgar, um investigador particular de Gold Coast, na Austrália, idealizou um serviço visando às considerações finais de pessoas recém0falecidas.

Por US$ 10 mil (aproximadamente R$ 52 mil), ele empresta sua voz para pessoas que, pouco antes de morrer, desejam revelar comunicados pessoais após a morte. Com isso, o contratado vai até seu funeral, identifica os alvos e revela os principais segredos que o protagonista da cerimônia fúnebre não teve coragem de dizer.

O investigador posa em torno de lápides em cemitério / Crédito: Divulgação / Bill Edgar

Como surgiu o negócio

A proposta de revelar os segredos após a morte de um cliente ocorreu ainda quando sua função era investigar integralmente, a mando de um homem em estado terminal. Próximo do óbito, ele revelou que temia ser velado de maneira desconfortável, com pessoas com quem não tinha amizade ou com hipocrisias.

Ciente disso, Bill se ofereceu para atrapalhar a cerimônia, dando início a um negócio lucrativo, que até o ano de 2020, quando o caso foi revelado pela emissora australiana ABC, já havia totalizado 22 funerais. Em entrevista ao veículo, ele contou como penetra na cerimônia e interfere nos desejos do cliente.

Na verdade, eu me misturo com os enlutados. Sento-me com a família e amigos. Sento-me no meio com todos. [...] Quando as pessoas estão batendo à porta da morte, algumas delas ficam sozinhas de seis a 12 meses antes de morrer e nunca veem ninguém. O pior de tudo é que, aqueles que eles pensavam que mais os amavam, se tornaram os maiores abutres de suas vidas", afirma o investigador.
Imagem ilustrativa de mãos carregando caixão / Crédito: Imagem de Carolyn Booth por Pixabay 

Casos bizarros

Ainda em depoimento à ABC, Bill relatou os principais acasos que teve durante os funerais; o primeiro, em específico, foi interromper o depoimento do melhor amigo do falecido, visto que a investigação, semanas antes, apontava que ele tinha um caso com a mulher do cliente.

Na trajetória, ainda teve de interromper discurso de um padre, pois o cliente não era religioso. Em mais um momento curioso, tomou o palanque para revelar que o cliente era gay e que o amante estava presente.

Em outro caso, aproveitou a cerimônia funerária para invadir a propriedade e aproveitar a distância dos parentes para se livrar de itens que o falecido não queria que encontrassem, como itens sexuais, armas, drogas e até dinheiro, garantindo a destruição de tudo.

Contudo, ele exalta que não teve negativa por parte de familiares, visto que, com o pedido realizado, o desejo do falecido de descansar em paz estaria sendo cumprido à rigor: "A maioria das pessoas está feliz porque ouviu falar da pessoa que realmente ama", concluiu.


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